tag:blogger.com,1999:blog-1942742845804201812024-03-13T17:08:57.849+00:00RestolhandoMaria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.comBlogger469125tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-11092463384809248542023-08-08T11:01:00.000+01:002023-08-08T11:01:32.861+01:00Miguel Granja, A Dignidade Guiando o Povo<p><br /></p><div><div class="x1yztbdb x1n2onr6 xh8yej3 x1ja2u2z" style="margin-bottom: 16px; position: relative; width: 500px; z-index: 0;"><div class="x1n2onr6 x1ja2u2z" style="position: relative; z-index: 0;"><div class=""><div class=""><div aria-describedby=":r28r: :r28s: :r28t: :r28v: :r28u:" aria-labelledby=":r28q:" aria-posinset="1" class="x1a2a7pz" role="article" style="outline: none;"><div class="x78zum5 xdt5ytf" style="display: flex; flex-direction: column;"><div class="x9f619 x1n2onr6 x1ja2u2z" style="box-sizing: border-box; position: relative; z-index: 0;"><div class="x78zum5 x1n2onr6 xh8yej3" style="display: flex; position: relative; width: 500px;"><div class="x9f619 x1n2onr6 x1ja2u2z x2bj2ny x1qpq9i9 xdney7k xu5ydu1 xt3gfkd xh8yej3 x6ikm8r x10wlt62 xquyuld" style="border-radius: max(0px, min(8px, ((100vw - 4px) - 100%) * 9999)) / 8px; box-shadow: 0 1px 2px var(--shadow-2); box-sizing: border-box; overflow: hidden; position: relative; width: 500px; z-index: 0;"><div><div><div><div><div><div class="x1jx94hy x8cjs6t x1ch86jh x80vd3b xckqwgs x13fuv20 xu3j5b3 x1q0q8m5 x26u7qi x178xt8z xm81vs4 xso031l xy80clv xfh8nwu xoqspk4 x12v9rci x138vmkv x6ikm8r x10wlt62 x16n37ib xq8finb" style="border-bottom-color: var(--divider); border-left-color: var(--divider); border-radius: 16px; border-right-color: var(--divider); border-style: solid; border-top-color: var(--divider); border-width: 1px; margin-left: 12px; margin-right: 12px; overflow: hidden;"><div class=""><div class="x1y332i5" style="margin-top: -1px;"><div class="" dir="auto"><div class="" dir="auto"><div class="x1iorvi4 x1pi30zi x1l90r2v x1swvt13" data-ad-comet-preview="message" data-ad-preview="message" style="padding: 4px 16px 16px;"><div class="x78zum5 xdt5ytf xz62fqu x16ldp7u" style="display: flex; flex-direction: column; margin-bottom: -5px; margin-top: -5px;"><div class="xu06os2 x1ok221b" style="margin-bottom: 5px; margin-top: 5px;"><span class="x193iq5w xeuugli x13faqbe x1vvkbs x1xmvt09 x1lliihq x1s928wv xhkezso x1gmr53x x1cpjm7i x1fgarty x1943h6x xudqn12 x3x7a5m x6prxxf xvq8zen xo1l8bm xzsf02u x1yc453h" dir="auto" style="color: var(--primary-text); display: block; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;"><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: arial;">“Pegarão então nos filhos dos homens superiores, e levá-los-ão para o aprisco, para junto de amas que moram à parte num bairro da <a style="color: #385898; cursor: pointer;" tabindex="-1"></a>cidade; os dos homens inferiores, e qualquer dos dos outros que seja disforme, escondê-los-ão num lugar interdito e oculto, como convém”. É assim que Platão, no Livro V da 'República' (460c), descreve e prescreve, com a naturalidade própria de um mundo desprovido de cristãos, os benefícios, e até os imperativos (“Se, realmente, queremos que a raça dos guardiões se mantenha pura”), do infanticídio eugenista. </span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: arial;">O ἀνάπηρος (anápiros), o disforme, o deficiente, o mutilado, o inválido. Levar Platão a sério é também ler aquilo que nele nos escandaliza hoje e compreender a razão, a raiz, a origem do nosso escândalo. A exposição e o abandono dos bebés “disformes” a uma morte certa (e merecida, porque a disformidade não é digna de viver) faz parte do pensamento ético-político platónico, das práticas e costumes de toda a antiguidade grega, e a própria Esparta, cuja constituição tanto inspirou Platão, concedia aos seus anciãos, como relata Licurgo (16, 1), o direito de vida e morte sobre os recém-nascidos, condenando os “reprovados”, os “disformes”, à exposição e abandono num lugar chamado “os Depósitos” (Άποθέται), situado nas escarpas do Taigeto.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: arial;">Este foi o mundo – discriminatório, infanticida, eugenista, demoníaco – que a Bíblia veio incomodar, enfrentar e, contra todas as expectativas, vencer. E foi essa vitória, e a revolução na concepção do humano que ela traz consigo, que tornou possível este momento, que as nossas fibras bíblicas mais do que as nossas sinapses agnósticas, reconhecem imediatamente como mágico. Como revelatório. Como sintético. Como contendo em si, naquela perna morta e naquele sorriso vivo, o segredo, não apenas desta breve jornada de seis dias da nossa juventude, mas sobretudo da longa jornada de mais de dois milénios da nossa civilização. Ali, segurando aquela cadeira de rodas, como se de um trono papal se tratasse, não está apenas a força fresca de dezenas de braços jovens: está, servindo-se deles, a energia incansável de milhares de anos.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: arial;">Eu sabia que esta foto era mais do que uma foto. Mal a vi, vi um Delacroix dos nossos tempos. Ambos os Delacroix traduzem o poderoso símbolo da emancipação dos mais fracos e da sua vitória sobre os seus opressores. Em ambos os Delacroix, a própria composição formal, como se fosse um palimpsesto secreto ou resultasse do mesmo pincel invisível, se orienta em torno de um triângulo formado pela personagem central e pela multidão que a rodeia, carrega e segue. Duas obras-primas do Ocidente judaico-cristão: uma, óleo sobre tela; outra, alma sobre carne. Dois Delacroix: nenhum deles tem nome: os seus nomes são princípios: ela Liberdade, ele Dignidade. E ambas guiando o povo. O paradoxo, no entanto, maravilhoso e tipicamente bíblico, é que, na verdade, é o Delacroix de 2023 que inspira o de 1830. Cronologicamente posterior, o Delacroix das margens de Lisboa é metafisicamente anterior ao Delacroix das ruas de Paris. É o posterior que esclarece e dá origem ao anterior. A Bíblia vira tudo ao contrário: é a sua forma original de endireitar tudo.</span></div></div></span></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div><p><span style="font-family: arial;">Texto publicado ontem no Fb e, num dos comentários, António Abreu disse que o jovem na foto é o seu filho Lourenço.</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjTPrgXQ8-YCpwtG1M3uxjNz-zIUR2Jf2HImULlZ-4reogrJVVFbMcT-ZrApeL7UVWf2rjSsjAZuTXQJ4c4yU2wFuCh_BgnkxrCgw_nCNopnhwBXoeTEP0vFD-hpeq4qEgCxrMh6_VwMOzZ4FTkulZHgHQxhgmQQmFW5xyqFqnoEfgqKSHadukNHhSwXIE" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="540" data-original-width="833" height="207" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjTPrgXQ8-YCpwtG1M3uxjNz-zIUR2Jf2HImULlZ-4reogrJVVFbMcT-ZrApeL7UVWf2rjSsjAZuTXQJ4c4yU2wFuCh_BgnkxrCgw_nCNopnhwBXoeTEP0vFD-hpeq4qEgCxrMh6_VwMOzZ4FTkulZHgHQxhgmQQmFW5xyqFqnoEfgqKSHadukNHhSwXIE" width="320" /></a></div><br /> <p></p>Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-1874365521726686002023-06-24T15:55:00.000+01:002023-06-24T15:55:27.668+01:00Grupo Wagner<p> <span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space-collapse: preserve;">O Grupo Wagner virou-se contra o seu único cliente. O contrato expirou em Maio e este grupo mercenário não recebeu o pagamento acordado. Como a única coisa que os move é o dinheiro e não o amor à pátria, liquidada a conta pode ser que a ocupação de cidades russas fique por aqui. Se tal não acontecer poderemos, quem sabe, assistir â retirada de militares russos de território da Ucrânia para irem defender a mãe Rússia e deixarem de infernizar a vida dos ucranianos. No pior dos </span><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space-collapse: preserve;"><a style="color: #385898; cursor: pointer; font-family: inherit;" tabindex="-1"></a></span><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space-collapse: preserve;">cenários poderemos começar a ouvir As Valquírias de Richard Wagner.</span></p><p><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space-collapse: preserve;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiT43UyXVaInPSqYlMrqOpPHdVUiAnO1OudAEPm17W9KqFSZmwwhI0w_g-OzB3Gi6eB2D-RnmxWVnjZMg9K5AQNRJjhtxJo-C7UU8Jsml2m0twazZws3DE6imWeAsPtEe7tJgw67lLqkA8opnYVeaIgDzkSdhIp7hvMwlHClLIYzJHUEOHUr-5fqKGaRkU" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="133" data-original-width="199" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiT43UyXVaInPSqYlMrqOpPHdVUiAnO1OudAEPm17W9KqFSZmwwhI0w_g-OzB3Gi6eB2D-RnmxWVnjZMg9K5AQNRJjhtxJo-C7UU8Jsml2m0twazZws3DE6imWeAsPtEe7tJgw67lLqkA8opnYVeaIgDzkSdhIp7hvMwlHClLIYzJHUEOHUr-5fqKGaRkU" width="320" /></a></div><br /><br /><p></p>Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-16911742628619341992023-01-21T12:30:00.000+00:002023-01-21T12:30:46.536+00:00Pedro Nuno Santos e a verdade<p><span style="font-family: arial; font-size: medium;">Lamento quem se deslumbrou com a demissão de Pedro Nuno Santos de ministro das infraestruturas, considerando-o quase um acto heróico, talvez por ser invulgar por aqui. Para uma livre-pensadora, cujos neurónios são muito activos e ariscos, nada do que o jovem Pedro disse, há cerca de um mês, fez sentido, pelo que me limitei a esperar pela verdade, que surgiu ontem, pelo próprio, depois da audição no parlamento, há dias, da administradora executiva da TAP, onde a mesma declarou ter em seu poder toda a documentação comprovativa de que tudo tem sido feito com o conhecimento da tutela. Maldição a minha por não ter palas nos olhos e os neurónios continuarem em bom estado. </span></p><p><span style="font-family: arial; font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjr90j8eXNeELVdNRFTNEcd6O6JBPCJWxRvzialp986X6pCTtAFzNFC3Q32hdc9lrwf5Qi1N0qY1Kh-TkVcE4W9cayVOhVkFoQCBaoPsh4-ep4YcVaK_82bdvcphNX6_FJrs31E-j-rDSvyL1oCSwo-ecKSptXWUctWL4uIU8r4Aa9FpZEiwEyULqDp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="1126" data-original-width="2000" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjr90j8eXNeELVdNRFTNEcd6O6JBPCJWxRvzialp986X6pCTtAFzNFC3Q32hdc9lrwf5Qi1N0qY1Kh-TkVcE4W9cayVOhVkFoQCBaoPsh4-ep4YcVaK_82bdvcphNX6_FJrs31E-j-rDSvyL1oCSwo-ecKSptXWUctWL4uIU8r4Aa9FpZEiwEyULqDp" width="320" /></a></span></div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /><br /></span></div><span style="font-family: arial; font-size: medium;"><br /><br /></span><p></p>Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-39615880793710666792023-01-09T12:05:00.000+00:002023-01-09T12:05:14.109+00:00António Campos sobre o seu PS actual<p>«<span style="font-family: "Roboto Slab", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 18px;">O meu partido hoje não está a defender uma democracia responsável e transparente.</span></p><p style="box-sizing: border-box; font-family: "Roboto Slab", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Não está a respeitar a ética republicana, porque as próprias instituições não estão a funcionar. Em qualquer democracia responsável e transparente, onde há um poder há um contrapoder. Isso é a regra básica da democracia. E os contrapoderes não estão a funcionar. O meu partido é responsável pelos contrapoderes não estarem a funcionar.</p><p style="box-sizing: border-box; font-family: "Roboto Slab", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Nós tivemos agora problemas no Ministério das Finanças com a incorporação de uma senhora [Alexandre Reis], em que a Inspeção Geral das Finanças, que é responsável por isso, não funcionou.</p><p style="box-sizing: border-box; font-family: "Roboto Slab", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">E temos agora a agricultura.</p><p style="box-sizing: border-box; font-family: "Roboto Slab", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">É ela que se deve demitir. Por uma razão muito simples: Eu não sei se ela sabia ou não da senhora. A senhora era Diretora Regional do Norte, desempenhava o lugar de alta importância. Nunca veio a público o que havia sobre ela. Ela entra para secretária de Estado e, passado 24 horas, nós passámos a conhecer esse currículo dela e, portanto, aqui há uma falta total de funcionamento das instituições, e da ética republicana, é verdade. Mas a ética está ligada às instituições.</p><p style="box-sizing: border-box; font-family: "Roboto Slab", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">O primeiro-ministro é aluno do Presidente da República e os dois têm a mesma tese: "O que é da política é da política, e o que é da justiça e da justiça". Isso é a tese do professor e do aluno, dos dois juristas que dirigem hoje o país.</p><p style="box-sizing: border-box; font-family: "Roboto Slab", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">E o país não suporta isto. A democracia não suporta o que se está a passar. Eu lutei uma vida pela democracia e hoje assisto ao desmoronar total das instituições que eu também ajudei a criar, depois do 25 de Abril.</p><p style="box-sizing: border-box; font-family: "Roboto Slab", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">Não têm nada a ver este PS com o PS que eu criei. Era o “Partido da Liberdade”. Instalámos as instituições todas. Onde havia um poder criámos sempre um contrapoder, para fiscalizar o poder instituído. E hoje não funcionam. E em democracia nós estamos todos a trabalhar, neste momento, para a extrema-direita e para desacreditar a democracia transparente e responsável.</p><p style="box-sizing: border-box; font-family: "Roboto Slab", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">O problema não é o Governo. O problema é o partido que eu criei, que está em risco. Os governos são passageiros e o que está em risco é o partido que eu ajudei a criar aqui em minha casa, clandestinamente, e que depois foi criado legalmente na Alemanha. E esse é que está em risco, porque os governos são passagens. Agora, o meu partido, neste momento, está em risco. É óbvio.»</p><p style="box-sizing: border-box; font-family: "Roboto Slab", Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 18px; margin-bottom: 1.26585em; margin-top: 0px;">(respostas dadas em entrevista à RR no dia 6/01/2023)</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgrpY7-TQSrPj-2K2hSYlQyki8F0yH3yJ1JxfouqENNlkb8KFdt0xLxFl0hkD2mL6CHOJ10I3mCTU3NgI2SeOx_tQYKm1gQKVZYejum56CNa4OQkg8fOUTTc7fJbo248HropOKzcL2zkELt1Iculd378hyKrb2CUyB-aCC-Y_MgZJlEr2JwK8YpMsXg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="213" data-original-width="170" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgrpY7-TQSrPj-2K2hSYlQyki8F0yH3yJ1JxfouqENNlkb8KFdt0xLxFl0hkD2mL6CHOJ10I3mCTU3NgI2SeOx_tQYKm1gQKVZYejum56CNa4OQkg8fOUTTc7fJbo248HropOKzcL2zkELt1Iculd378hyKrb2CUyB-aCC-Y_MgZJlEr2JwK8YpMsXg=w160-h200" width="160" /></a></div><br /><p></p>Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-2484635201577909862022-11-24T10:05:00.004+00:002022-11-28T11:11:37.940+00:00O país de Marcelo<p> <span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #050505; font-size: large; white-space: pre-wrap;">O P.R. não precisa ir tão longe para constatar "in loco" a violação de direitos humanos. Dê um saltinho ao alentejo e encontrará em doses concentradas comportamentos e discursos racistas, xenófobos, homofóbicos, atropelos aos direitos constitucionais, etc., etc.</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgOvq3HcHerF0nEBc7xdNyVUW_titWLH_-v04qoJkRdLgeFSW624fsnT2_fDPd_Xz0i9VrHxdVEBTTvCy7DBCHqlhZ3rBxnODd-cl5CwkGQgml0AX1LJGATU64mRIUdEBnkSgDOfGy3RnFZkfh0gRfpfGYrzASNUqOJKiJki4ICLWOKtnqbvBBdO3U_" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="225" data-original-width="225" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgOvq3HcHerF0nEBc7xdNyVUW_titWLH_-v04qoJkRdLgeFSW624fsnT2_fDPd_Xz0i9VrHxdVEBTTvCy7DBCHqlhZ3rBxnODd-cl5CwkGQgml0AX1LJGATU64mRIUdEBnkSgDOfGy3RnFZkfh0gRfpfGYrzASNUqOJKiJki4ICLWOKtnqbvBBdO3U_=w200-h200" width="200" /></a></div><br /><p></p>Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-18318796555113092482019-07-25T09:35:00.000+01:002019-07-25T09:35:43.887+01:00Boris Johnson, um clássico?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="_1dwg _1w_m _q7o" style="font-family: inherit; padding: 12px 12px 0px;">
<div style="font-family: inherit;">
<div class="_3x-2" data-ft="{"tn":"H"}" style="font-family: inherit;">
<div style="font-family: inherit;">
<div class="_5r69 _sds _1hvl" style="border-bottom: 1px solid rgb(229, 229, 229); font-family: inherit; max-width: initial; padding-bottom: 12px;">
<div class="mts" style="font-family: inherit; margin-top: 5px;">
<div class="mtm _5pcm" style="border-left: 2px solid rgb(204, 204, 204); font-family: inherit; margin-top: 10px; padding-left: 10px;">
<div class="mtm _5pco" data-ft="{"tn":"K"}" data-testid="post_message" style="color: #666666; font-family: inherit; margin-top: 10px;">
<a href="about:invalid#zClosurez" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt="Resultado de imagem para boris johnson" border="0" height="200" src="data:image/jpeg;base64,/9j/4AAQSkZJRgABAQAAAQABAAD/2wCEAAkGBxMTEhUTEhMVFRUXFxcXFRgWFRUXFRYVFRcWFxUYFRcYHSggGBolGxUVITEhJSkrLi4uFx81ODMtNygtLisBCgoKDg0OGhAQGi0fHyUtLS0tLSstLS0tLS0tLS0tLS0tLS0rLS0tLS0tLS0tLS0tLS0rKy0rLS0tKy4tLS0tLf/AABEIAQIAwwMBIgACEQEDEQH/xAAcAAAABwEBAAAAAAAAAAAAAAAAAQIDBAUGBwj/xABHEAABAwIDBAYHBAcHAwUAAAABAAIRAyEEEjEFQVFxEyJhgZGxBgcyUqHB0UJicvAUIzNzgpLhJFOisrPC8RVjdDQ1Q0ST/8QAGQEAAwEBAQAAAAAAAAAAAAAAAAEDAgQF/8QAJxEBAQACAQQDAAEEAwAAAAAAAAECEQMSITFBBBNR8DJxgaEUImH/2gAMAwEAAhEDEQA/AMSgQgEoC68J7wgU2U45JaUwCSw3KWfqm2alMqVSH61vJ/kpYHVw8nefIqLQ/bNn3X/5VMeerh+Z8iqeon7qM4+d0iNw71odj+iOKxADhT6Nm51TqyOIGpC1GE9X9ECatVzjvize1R3J5Pqjnrgegpa/+oqk2mOo3gnALBdGf6I4NoAHSQHFwAcZzEAEgg8AFU7Q9HaA9npZ7SJ751Sz5MciwumQxrYB5HyVa4afhZ81d7TwhEhskX1EFJwWwajwIO5ojXTiFrjskayVrG6cx5pvFe278TvNXeK2NUZ9k2ibEEX1g+03tBVJiGEOM8Ty1WsSpLUl6UAkEXunDBoSQUYCIhMgTdRycamni61CpeFPtfhPmFY1nHM0HdSPxhV9Ee1+H5hWGKs4fuvmEVmGsqCIlBRWOBHTRJQ3JGQ8/NJalvKQmQ020XP54pbfqkUtT3J6I7hWk1hFzld8Quk+jPomym2k/EAOqtEtZq1naRvKj+h/o0KJGIxAGYCWNIHUG9xnfwWmp1HO6xBAdpxPC3BLPO61Ebd1OfXJ1MDSPKUy1mYyT8CezfYJylR+07XhuCbxGJDfaP1K58sb7OWeiquQC/xsCqvH0HGcrbcQLQnau1QNJ8JKVS2u82EcnAX8NFjpjfdl9oYB2p/PJVlGk6m8SZBu28Ajhz7Ft8VtYARUotdOpZp/VUO1sHRqAvynKerYyBPZq0g3VJBu+1jhKrajQyqM7SN+o7Qsxt/0QqAl9A5mm5Y7W17O32hO7Exhw5yVXywnLcaGfaB+zPyK2uFrWkXG6FrHPpZs/HFKhgkQQd4OoPBMldV9KPRqligalMtZXi2bqipGgJ0ntXPMXsurRflq03Nd7pFvHTwXRLL3gmW/KA1lhx8uCbIT7ze8C+g+qaKe2iWJDtU7lsmTqnCpygPa/D8wrDHGXcqQ82qvw5s/8I81YY32z+6Hm1OlEUhElBBTaPBKbqm5S2G6woS7Uc0RhGTdCO0eN04QNZM8ORPktz6G+jhpAYjEs6x/ZUXAEjg+pvB4NPMwoHofs4BxqOABaA6XGXMYTALGD2XOJgON7mBrO1x1UxmI0hrGCLZvYBj7TrmNwk71vxNoZ5bui2ZqlQszAtEOqGLRNmjjvsrV3VIgSdw3AcT+ZTGy8J0bYIlxMuPvPPy3DkrOIsLn7ROk80Y4e0rl6Qnuj23CToAD8FEqlguYE/dLj/iICmVzTbMuudd5P0HYotSs1ugaDuzST4bgs5Yt49zGQEaHsBIHg1ggKPVoboPgQBz/AKp/9J4E8dJHMH7I7ie1IAJuR4GTz3FSyxWisqUwDaVCLiCSO8brcRvVtViLSSbSbE925RqmFHfqPoUpi36VO1sMDD46pEOAv3x2fRTdi18vVk5dRE2+Nk86l1SOTm8QYH1Hio9I5HSJ48rwfAouKdq7qgOEEAzeDoeP/Kw/pdswtHSAue0aguPUnSRvH3h3rb0KrXi4uDYizge9NYvDBwIJLTf7IkTruuDvbEFPjy0xe1cfPKPiku4LT7Z9HMpJp5RxaCQD205/yyVnK+GLTBDp1PVIV/Lcy2ZcbJl7k482UeqdFvGFUjC6O5N81Y4wdc/u2+YVZhBZ38PmrTF+27920eJCeRREylBKQUFkT9Jqe4EYxr/7v4lLzoxUHH4q3b8T/wAm/wBOO+mUtuPyjNkdrYdo1PcnqQkgdo81f7F2OKjwXiwiGjUNm3eTCJ0/hZWyeW19FcGKeGpueACZquGpJPshxN3EeZKtthk1nOc7RjpbO4xE89TP0UerTJ6u5sAxoCBcDkrbYlIMo6Xc4n+EWAS1uue3ttJpNk5jyby3lOVKsy0eyNe0nQc1HxWKywBcnqt5lSKTABlG67j2n5yqSMq+s2Osd2nNQ2tJMwB2xJv2qwxseGg4D6qMHwFm4ujDwYfR9nfaTzOiZyD8/JTXNv2f0t8FGqtHwlZuG1JTNQW4Jkm1uc8SjqXns8+xNF1pCx06b0KYd90iB3mPhPxCbrNbvNxoRvB1EJuufskw3iN17fnkm8TiLNOmvYb2KxZup5Tsl0rxBIIu2/tDt7exOVdqHLDgHR4xxhVbcblcWnWJG62hhR8RjWEZgSDMbrzpdZ6dJ2k7Ye17TmDcvCo10dhDger5LF7VEGJk7xMxwtAICudoYl4g0yRucOO64NlmMdiajjOQW5D4AK+GOxLohxsmKxuEh1Z/uJOcm8EQrTHR3LabgtHfw+as8e79Y/8AAzzVZg/Zd/B5q1x/tv8Aw0/NYy8nESEEklBQWPCvQ3V3i+8D5hGKlI//AGPEN+iktqjhqj6Rupb5J/Z/f+f4Lpv/AIRQLBcVmG8iQ0zHJbjYFZlJrqwId7o3mq4acmiT4LFAsOrG+A/JVlh8YHOYANDuAAA1MDtNp7VrHPunyYV0aiw9E0H23gExoJvp4eKua0CANBDR3f1kqiZiLk72t7sziGgdkCUrF4+XdU2EdxcTp3R4q1cuh0MVmrPefZZZvMq1dicrOJN/os0x8ZgN7ifCwCtadSYHABEqsw2N9QuM68b2Sxex/IQNNHTZCIvrsRRmC3e20+RSXgkExuuO36Jx9I2IkHeDoewoy0TvEXM6Tu5otKRBqMhvmodVvAKxrOJ0HebKJU015rFisVVU7/zyVfjasA8NPl9FaYhgJtzVVi2Tbtv3LEhZd1btKo79W4kyB/yPgoleqLO1a6Q4aR2Kdi2SQDuULFCAW8Jha05r2pzCszdUnUCPzxVNtbAdE+A4PBE9UzE+9wP0UvDYsCAdOY14XUTauIY5wJa4z7vzg680sZqtRAjn4FN1G2T4qU/dqjuKI1qXGqO4rc3+NUnAGzh95l+8q02kf1lTsbT+apy6nIio4QZ6wO7uU2rjRUdUc3fkHhK1Z7Z3rsIIkyZRKOldpk8PNHuUf9NbxP8AI76JDsWz3vgQl9eX4fXP1MP50+qlbLqAVWnh22ht/MBVQxbPf807Sx7PeE896cwynorlLPLo+MxpbRc4XPU7zF5/iITmCxYDZcZPSZnHg1gt/kWa/wCotc2gMwcKjS10H7Qu35eCeZWc4PEXcXdzRYfA/FVc2l7smrmh276rQ4ZnWPwVJsullpjiFd0saALwnIt4iWQAJJ800cQBvnsJCodvbUpsYX1KmRuna4k2DWi7is1h8XUqMfVpBwYx2R3S2c078wYTlHYVSYXW2fskuq37sfOgFtQomN2h/wAb1XejVR735HsykiQZzNLTo5hGoTnpNh8gMXN/FYvZud0DH+kWUwACeEk+SewO02vnrU5GrRUa4j8TZlveFWYPZZp1KReC4OAe8wct7hpPmoG3vQ19Ws57X0uic/PJa0PbmEWkZrRoDEwVXHCWd0eTPKeMdtJjMXE2PcPCFUmrmIjeZ8EbtiDPNF7mNi4N2GPumb7yQpuCwJDTmjuuCOZUM5JVp4QMRREG94+IWd2jVOYALU4wQeA0Wdp7NNeoGiwBl285RcmOSziWWKsxDYaJBhwBF433nioELQ+ldLo+gbpNLTk437NyzxKL5ak0Eoi88UCkkFEGh5jxQpgzc8fFNlO0Ne4p+i0MoI3m6JYCN0rv70/zlEazv7z/ABBaNzGmLDwCWaTD9keAWvun4X1s02s7+8+LT8kfSv8AeHgz6K9bhmb2DwCKrhKfuN8EfdPwfXVJSxVQEEEWg6NgRyW32PiQ9oJi8Tw1k/JZ52Bpe43wVlsuk0FoaLAzA7YknhuT+zG9mbhY6FhAIbwI8eaYxeGe0nJ1nRDGxq7dPYmsFXA7iDz/ADZaanTDxru+K3s9XTIYr0Xp1aRbWc41Tq6LjiB9zs7E5h9m06DDQp53ZyC+8uJgNkkXAt8Vo69BzrRPmhhsDGsNbwGp5lVnJ20z9c31a7oODpNpuZlblABA5uu7XdKd23h8zT4p7GNvbdCexDZZPYpZd18JIzODfmb0biYGl7hO/o7m2Dj3tBUQQx/WtJsr6nSJAKUzvg7h3QKeFJN/E/IKTiGZQAB/wpAbCj4h3Hu7FjKiYqHaDb8knYwiq6IlzD4z/VO4pknN3KtONNF3SATANuMrM8lYrvWRXDa9ESP2W8E3zHWFkTjPvM55XBWu12VsTVNR+UaAC/VA3SoT9kP+78Vbr40rMreyI7Fdrfik/pHa3+ZS3bIfwb4lNv2Q8bh4pzLjZ1mY6f8AB/ME9hSTJiAI36yk4TZ0uBIEB4bEzJN1bYpgaag+8PJGfTJ2LHe+6ve66NJfqgpKrQkcPCUqn+blNsCE71LbWhOqwYg68SifU5+JTQHWRVZTGi3VOfincPtLoxlE38SdRJ4diixvTLtQt4s2OqbLrCphqNQfaBa78TDCvNm4owAfzC516HbaLYwjh1XOL2H3XEdYHiCt3gHWzcDBVKcX7Dmm2/xCDgEw2rAUPH4wiwTjROIcXPkaNtE2/wCVZsZIHIT4qg2vh6oZ+pexpI62cTfsGk81UnHYunTyuaKpmxYWs/maXQO4rcKpu3Q1tQNMamb2hFs/G9UmmcwBI4i3BZrG4SpiHB+I6o3MDpjteRYmdyttnnIGtaAABYAQDdYs1WpdxfsxecTEGFGxJkFN05mw7TG/lw3JVYWmbfFKzZTJWYmpDSs9jS4iGjM4zA3k6/JW2PJO9Rtg0y/GYdg9+TyAMrOOPcuS9mR2dtGbOMuBN9Jve3FWFSqCovrB2UMJtCvTYIYXCoyNAH3IHeoWHxWYQddx4/1Wub48/qxc3B8jf/XJaOqiFGr1t3imiE0NSufHGOm2pmzxMD/vN/yhL2mOvV/eD/Ki2U24/fj/AChHtH2qn7z/AGq1TVxRJVkFhpPYjKMW8EAFLaiNNyiqI3CCeaQ4rZG3uTU9YJVVMzcclTGMWp2FqFtRj26slw7houo7LxocARdrwHDvC5Xhj1v4X+S13ojj2tbTouMZmyyezVq3J2Lbf3ItNlCFJznT9kGecblLwLr5T3I8ZLeqBfs+gWh1I2LdffNrcY1UKvSzAAva3hJuUxjNnYiJqV3Qb5GMaGtmTE+060Sq2rspzj+3jnTEjvJW9K447ndPxlSmyA55zRJABdy0sFT4rb1JmjahPACSeNpspNbYlNol9atUt7MhoJ7cqTSwZPVDQxnutGvCTvSsntrpiw2RiDUbJp1GbwHtjvBBIVjihDBO/VFSpBjQI11H1KibTxXVCmhl2qqxphpKneq/A9Ji3Vfs0mG/3nWHzVDtavLQ0auMBdQ9Btmfo+DDiIdU6xnWNGhV48d1Dnz1g5P67B/bmu40wPCFgQ9b311O/tdIf9txP8/9Fz1ddjglWdLGnQwfPxTrcQJ0VY1KzqV4catjz54+1/s7GMa5ucx+tDrgwG5YkkJzGVQ4vLSHNNWQQd0a8Vn24hOMqhYy4PxvH5F9p0olF6btRqX0VT/kz8XaWFHAMkzy4QE/uXFY7dozzqmmp14TDVSFkKq2yjbxyT+Iq9qhmor8fHlk5+TlxxSqNQB0kx1XeJFknFbTIFLo+q6no7tjgobnlIK68OGTW3Lnz5Xw676L+kDcTRa8We2BUbva4fIrR0MVnvK4Nsfaz8JVFVt2+y9u57e3tG4rreztr06jGVqJJa6SRvF4IjiDqFLl49d1+Ll6vLVOII3KpxmDzHQ8lLweKDhIMz9U9UxAGospR1Ys27C3gNPDeBClYDCQRvkH+qmVa43mBzv4JL64aDfU/Dd5ovdrZNZwHgs1jMSHPyk2FzyU3aOPhsiZuB81Q0MI+oQxoLnvcAANS7hy3+KMcd1DkykWfovsw4zGC36tnWcdwaN3M6Lr1Qg2GgsB2DRVXo7sVuDoCmINR16rhvdwHYNArHs428V24YajzeXk6r/ZwP1y1gdouZ7lKnPNwLj5rDALR+sLFdLtLFu1HSlrfwtAA+azsLV8sTwcYEEbEHIMhGCiIRgIBWcoIBBAaTMlPqgCSQB22VLX2g4zl6vbqfDQKIXSZNzxNz47l5+HxbfL0c/lSdsVpWxzb5ety0UN+IJ7PgmJRyurDhxxcufPlkN70SSEYVpELQRwjCIla0RmubHkuw+qzYwFGrhawzsJbXpOFnscW5XxwMZDwK45XPVPJegNmUTRcx7fshvgABHgn0y+S6teEXaWz62DdPt0jo4CAefuO56qBiNsA7yO4z5Qur0mNe2CLEeIO4jQ+CxHpX6GV2zVwQpvEdag7qF37l8w13YbHsUMuHv2dXH8i61WTftFxNmvN9cseabfWqP+zE73OHfYfUKGce0P6Oox9KroaVZpY/umzu4qywmzK2IcGNpOObcPZj3qtQWazs1PA6KfSv8AZf1T1sf1xTo03YqsSGta2zMxsBm+0ewcNbLqPof6LnCt6XEEPxThBy/s6DT/APHSHhLtSp3ot6KU8IM5h1YiC6IawHVtMfZHbqfgrwU1bDCSOPl5N3URwyUjE1BTa6odGNc88mAlTsizPrGrmnszGPBg9EQObiAqxB5pxFbO59TXO5z769ZxPzTScAskQs1QphSnomhGkDaCBhEUwUgkyggBKUCkAJYCUg2UjIQhEE9ARQB46JUIinCKaEVVySyRyROTBzD0sz6bfeqU2+L2hejzR6s9gXnzYNOcXhWnfiaA7ukbK9GMHUHL5pxjJd7KE0mHeAk7f27RwlI1a7oGjWi73u3NY3eUWArBlGTu3bzwAWL9YGBc6g7EPIc/NSgGIotLxIp28TqT2J4zdkK5aih2l6dYuq9zgygGjKWU6tMPFAHRz6hMdIeAnkd9RW9LccHtq/pdTqucJqAMpEATkZh2AdII4y78Oqh1GaADO7KDTpO7DepUPE8JCiYfAvxeKbQpHNUc8tL3XbTGXMejGkACeHZdd1wwxnhyzPK3y676C+nlPHUh0rTSqghhJEUaj4n9U46EiDkNxO8CVssqzuxPRejRpNohs0xJcH9YPcYl7m6E2HLcrjDNLAGtJLRaCSdOBN/FcGU79nVjUohc+9ddbLsxwBgvq0m8xMu+C6DmB58N65T6/K36nCsB1qvceQYR5pNe3F4REJTgiWWiCY1TDq5Nm+KlFIyBANUqcJRCWQkuKASESVCCDEAltCJqWEyAIBGjCYFxR5UluqWgEuKbKW9JKAvfQejn2jghr+vaf5QXfJegcOyRwAJBJ0EOK4N6vH5dpYV0SGmq6BqYpPAA7ZIXoLBUoY3pDLrugCzS4kx2kTElOM5HcK+W6HXqzqRvdCznrGMYFzYnNVogNnUh4PhaVq2mdASuaesLa4xFYYem0O/R35i05f1zy0ghk6hoJBjfmi4VeKbyiXJdYsfjqgyHrw052vdPXquBnKz7o8Fv/U9sg9G/GOEF56OiCPYptjN/EXC5+6FgsVh2ZGtDc9J5zNAew9E7e3M29tx9k21MldX9VwA2dTDXFwz1rmQf2rhBB0PHdMro+Rb0o8PlrxT4lIjrH880G68d5SwLX1K4nVIaLZObhMeS4v68sSXV8K3hSqE97xC7TWMNPguC+uSrO0A33cPT/wARd9EmmDISSlEIgEjJhAhLa1DKkCEw5PuECUwBZMFhBABBABqcSQlhaIUJRCOEaRmQL96cASHpZTI25JSoQSNuPVBhw7aTSR7GHrOHPqNn/EV3emFxD1L/APuL/wDxKv8Aq0V2t9aIAudwTjNHisY2kx9RxOVjS4xrYTYbzuhcXoUHzBc41ZNSlW6NnXD3EmnIIk5nERPtgtHVJJ3XrDx2Si2gW5umlz7EsDKZBaHgXcwvMFo6xAKwLm0ywDq9FUk0S4VMzK0AEVC0+zcNMGC0tA0JXZ8fHU3XHz5d9RG2gQ7McuRtQlrmOp5CKzfZcC3iQROgPVHFde9XYc3Z1C2uZ97zne50A965DXzFziSG1DDapafZqMH6t2Q2JcAG2tNhvXbfQxgGAwsCJosOgBuJPml8nxGuHyuKe/ssnwEhrYanFxOuI2L0AXnr1sVs+0633W06f8rSf9y9C4i5C80+nFcP2jjH7jWIH8LWt+RTDPlE1KckhIyghCCMIBmubRxKbSq3tckIQBoJSCADAlNSKfyTjVohhGQg1GUGZcjPHsRojogiUQF0AlBI239UZf8A9QcGCScLUF9w6SiSV3HD0Mo4uOp+i4n6naobtMD3sNWaOYNN3+1dwq4htNpqPMNY0vceDWAuJ8AnGa5f6Y4jpcfUZnAfRNMYfrZXWaOlHSaNDi4njNMclUF4guhwa4htZgfai6DBaPsASY9241Kj4ernltbN0xc4sqZQWTVd089jZcSJNhVJPsp3EVJzvcNIbiWmmevweO2YP+I6r08cdTTzrd3aHipAcHycoyOLmjr76T5GgHkb3K7vsRkYeiNIps8guE1qfVIEEhuUZTB6B/7N8HeDbxO9egMK3qsH3W/ALn+T6X4faU75oI3INXG64YqmCOAv4LyptSpmrVne9WrHu6R0fCF6l2m8Np1HExFN58GleUA8loJ1Ik8zc+aBCCUAgUQQZYQlAJNQwCkDAuSU40JDQnmJgiUEuUEA3SNk4mqJ1T8JkNqJyNqBQDZCS4JyEhyASEpoRIyg2r9WDyNq4Tt6dp//AAef9q7J6c4ttPZ2JLzAczoZ3j9Ic2lPZAeTPYuIegOKFPaWCef74M76rX0x8XhdY9aOJaMNRpGf1uIAkNDi3o6b3h5BtDXZSZ0AJ3LXHN5SJ8l1HPcFp0dUNawRRqFr3HKJc6lA7IdA+2PatZTHOcCCWzUptLcoqZhWpcRPtam/2oG5qh4SqWszVQ5zWuNLEtNOA+zQx0kyMsuaajusS6nHtqQ+m9rg0uaa9PrU3up5Q6lElvZYg7w3rMFyvT1HAZLNG5nESCHOhwdSe4AtzDeDB/4XoHDDTkPJcAwga6pSFOMjqrHUgHEGS9oqsynhOm4AAb16CpiFyfJ9Ojh8U48oEpLzcJBK5XSz3rExfR7NxbtD0Lg38TrBea3fJd89dFXLsxzZu+rRaOQeC74ArgNRBwhHKTKMFIyk1XN4ToKjF03QBhPUymQnmhAGglQggI2H1P54qSEEEyGzRB6CCAS43/PBJO5BBAIKWiQQafsI/wBpw3/k4f8A1WrrfriEjDNOhqwRuINaiCCN4IQQVeL+uJcnhidkVCehdJzOwvWM3cehxDrnfdjTzaOCjnFVP0ekc7pGIYAcxmDRzkTwz9bndBBejHHl/P8Aa9wrQcQwETGKokdhIaTHCSSV3Lf3oILj+V5ivB4FW3d6VTQQXK6I5r6+T/ZMP/5A/wBN64e/VBBDYnCyARIJAp/slRhoEEEA61LCCCANBBBBv//Z" width="151" /></a><div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_5d3966ae0014d4087127296" style="display: inline; font-family: inherit;">
<div style="font-family: inherit; margin-top: 1em;">
Não sei se alguma vez aconteceu. Mas, hoje, talvez pela primeira vez na História recente, assistimos à nomeação para primeiro-ministro de um indivíduo cuja form<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">ação académica é uma licenciatura em Estudos Clássicos: portanto, Grego e Latim.</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
E não é uma licenciatura conferida por uma universidade qualquer. Boris Johnson é licenciado em Estudos Clássicos pela Universidade de Oxford.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
E, dentro da Universidade de Oxford, ele não frequentou um colégio qualquer. É fruto de Balliol College - tradicionalmente o colégio dos inteligentes (tal como Christ Church era tradicionalmente o colégio dos aristocratas ricos). Balliol nunca foi um colégio de burros.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
E, por isso, é preciso ter esta noção: por muito que Johnson pareça à opinião pública como uma espécie de palhaço, «he's anything but». Isto é: ele parece-nos um palhaço, porque foi essa a personagem que ele escolheu como via rápida para aquilo que sempre foi a sua ambição. Ser inquilino do n.º 10 de Downing Street. Mas há um calculismo enorme - parece-me a mim - em tudo o que ele faz.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Acaba por fazer algum sentido que o helenista e latinista Johnson seja a partir de hoje um actor de primeira importância no palco internacional: porque os tempos que vivemos já foram antevistos por gregos e romanos. Aquilo que é hoje um político de sucesso é um modelo que Platão já descreveu no seu arrepiante diálogo «Górgias». Trata-se de alguém que é capaz de dizer tudo e o seu contrário. Trata-se de alguém que aposta sempre naquilo que já as Musas tinham dito a Hesíodo: «sabemos dizer muitas mentiras semelhantes a verdades».</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Johnson, na sua carreira de político e de jornalista, já disse tudo e o seu contrário. Já foi pro-europeu - e agora é anti-europeu. Já foi anti-gay - e agora é pro-gay. Num famoso debate com Mary Beard, defendeu o ponto de vista de que a literatura grega era muito melhor do que a romana. Beard, bem munida para o debate, leu em voz alta um elogio rasgado da literatura latina onde se afirmava que o melhor livro alguma vez escrito em toda a história da humanidade é a Eneida de Vergílio. Palavras (sublinhou ela) de um texto escrito por... Boris Johnson.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
É difícil sentir alguma coisa por Johnson que não seja a maior desconfiança. Mas, ao menos, o dia de hoje deixou uma pequena jóia para ser dita no futuro por defensores dos Estudos Clássicos. À pergunta que estamos sempre a ouvir - «mas isso de uma licenciatura em Grego e Latim serve para quê?» - já podemos dar esta resposta: «serve para ser primeiro-ministro».</div>
<div style="font-family: inherit; margin-top: 1em;">
A partir de hoje, é uma saída profissional comprovada para licenciados em Estudos Clássicos.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-top: 1em;">
(Texto de Frederico Lourenço, publicado no FB)</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div style="font-family: inherit;">
<form action="https://www.facebook.com/ajax/ufi/modify.php" class="commentable_item" data-ft="{"tn":"]"}" id="u_0_37" method="post" rel="async" style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="_4299" style="border-radius: 0px 0px 3px 3px; color: #1c1e21; display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; width: 514px;">
<div class="_78bu" style="font-family: inherit;">
<div class="_68wo" data-testid="fbFeedStoryUFI/feedbackSummary" style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; position: relative;">
<div class="_3vum" style="align-items: center; border-bottom: 1px solid rgb(218, 221, 225); color: #606770; display: flex; font-family: inherit; line-height: 20px; margin: 10px 12px 0px; padding: 0px 0px 10px;">
<div class="_1r48" style="flex-grow: 0; flex-shrink: 0; font-family: inherit; width: 7px;">
</div>
<div class="_4vn1" style="display: flex; flex-shrink: 0; font-family: inherit;">
</div>
</div>
</div>
<div class="_1dnh" style="background-color: white; display: flex; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; margin: 0px 12px; min-height: 32px; padding: 4px 0px;">
<div class="_3vuz" style="display: flex; flex-direction: row; flex-grow: 1; font-family: inherit; order: 1;">
<span class="_18vi" style="align-items: center; display: flex; flex: 1 0 0%; font-family: inherit; justify-content: center;"><div class="_666k" data-testid="UFI2ReactionLink/actionLink" style="font-family: inherit; position: relative; width: 163.328px;">
<div style="font-family: inherit;">
<a aria-pressed="true" class="_3_16 _6a-y _3l2t _18vj" data-testid="UFI2ReactionLink" href="https://www.facebook.com/mpaias?ref=brem#" role="button" style="align-items: center; color: #f33e58; cursor: pointer; display: flex; flex: 1 0 0%; font-family: inherit; font-weight: 600; height: 32px; justify-content: center; line-height: 14px; padding: 0px 2px; position: relative; text-decoration-line: none; transition: transform 400ms cubic-bezier(0.08, 0.52, 0.52, 1) 0s; z-index: 6;" tabindex="-1"><span class="_9zc _19kl _2lk8" style="display: inline-block; font-family: inherit; height: 18px; margin: -2px 6px -2px 0px; position: relative; width: 18px;"></span></a></div>
</div>
</span></div>
</div>
</div>
</div>
</form>
</div>
<br />
<div style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;">
</div>
</div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-43840011982323737852018-12-23T11:44:00.000+00:002018-12-23T11:44:22.982+00:00Frederico Lourenço - Paraíso<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqDPSWHOAYbticxEd1TetzMQj6cy8Xx2HQZFn4PHRN-jnvnud_fMb1oH5W9DhDbtyf0z9CwsDTcltD_Yaafa6YZ_oCEvS6HcS9nE4uwgYeYMt9mdTpqsfIZQZ_o5BEs8Hom-7vHzuKFFg/s1600/Frederico+Louren%25C3%25A7o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="484" data-original-width="484" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqDPSWHOAYbticxEd1TetzMQj6cy8Xx2HQZFn4PHRN-jnvnud_fMb1oH5W9DhDbtyf0z9CwsDTcltD_Yaafa6YZ_oCEvS6HcS9nE4uwgYeYMt9mdTpqsfIZQZ_o5BEs8Hom-7vHzuKFFg/s200/Frederico+Louren%25C3%25A7o.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Paraíso</div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Um distinto catedrático da Universidade de Coimbra (infelizmente já falecido) disse-me uma vez que o paraíso não será paraíso se lá faltar cozido à portuguesa. Por seu lado, a voz que descreve a bem-aventurança depois da morte no final da 4ª Sinfonia de Mahler garante-nos a abundância de feijão verde no Céu. E eu, pela minha parte, não poderei levar a sério um paraíso onde não encontre, no jardim de São Pedro, a roseira “Fantin Latour”.</div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Ora tratar de um roseiral repleto de roseiras “Fantin Latour” seria, para mim, um bom projeto de vida pós-morte, mas a probabilidade de que a vida depois da morte nisso consista é bastante remota. No entanto, é interessante como, na nossa cultura, as flores são parte integrante da projeção fantasiosa da bem-aventurança no Além, já desde o poeta grego Píndaro, que no século V antes de Cristo descreveu o local paradisíaco onde alguns viverão essa felicidade pós-morte como cheio de rosas – rosas, porém, que florescem espontaneamente sem os cuidados angélicos do já morto jardineiro Frederico Lourenço. Píndaro descreve esse local como tendo luz eterna, onde os bem-aventurados passam o tempo a jogar xadrez e a tocar instrumentos de corda beliscada, sem esquecerem os “exercícios gímnicos” a que estes atletas de corpos perfeitos se tinham dedicado em vida. Portanto é bom saber que, no paraíso, haverá cravos celestiais que nunca desafinam para eu tocar; e ginásios onde possa prosseguir os meus treinos com barras e halteres.</div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Claro que outras projeções fantasiosas do paraíso que vieram depois nos confiscam o ginásio – decerto por se ter vindo a perceber a falta de lógica patente na imaginação de uma realidade além-morte em que as coisas do corpo ainda façam algum sentido. Dante descreve-nos um paraíso sem jogos de xadrez e sem cozido à portuguesa; talvez por isso, muitos de nós, leitores da “Divina Comédia”, nunca nos tenhamos entusiasmado especialmente com a terceira parte da obra. O Inferno de Dante é dantescamente horrível, mas a forma como nos é apresentado em verso leva-nos a achá-lo bem interessante. Se houve aulas que detestei dar na minha vida de professor foram algumas aulas que dei em Coimbra sobre o Paraíso da “Divina Comédia”. Nunca esquecerei a expressão de tédio estampada nas caras dos alunos, que, apesar de tudo, até tinham vibrado alguma coisa com o Inferno e o Purgatório.</div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
O problema de descrever o paraíso reside na pobreza das palavras que, como já escreveu Platão, não se prestam lá muito para cantar o “lugar supraceleste”. A música consegue chegar bem mais longe. Quando ouvimos o “Benedictus” da “Missa Solemnis” de Beethoven, as palavras são mais ou menos indiferentes, pois o que conta é a sensação que a música dá de termos chegado, de facto, ao paraíso, que nos é mostrado e cartografado por um violino solo. O mesmo poderá dizer-se do 3º andamento da 9ª Sinfonia de Beethoven, do andamento final da 3ª Sinfonia de Mahler, da Allemande da 4ª Partita para cravo de Bach, da “Ave Maris Stella” do “Vespro della Beata Vergine” de Monteverdi. Estas obras musicais dificultam a vida a agnósticos e ateus, porque a genialidade da sua concretização enquanto prova da existência do Além torna-as supremamente convincentes. No momento em que oiço qualquer uma delas, acredito piamente que depois da vida virá o Céu.</div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
No entanto, são obras que levantam uma pergunta subversiva: o paraíso, afinal, não será aqui na terra? Que garantia tenho eu de que o paraíso me proporcione uma bem-aventurança mais perfeita do que a música de Beethoven e Bach? O mundo dos vivos, onde floresce a roseira “Fantin Latour”, não tem de ser à partida bastante paradisíaco? Um mundo onde há longos dias de praia e desafiantes horas passadas no ginásio; onde há a excitação de jantares de namorados e a felicidade de pessoas a celebrar as suas bodas de ouro; onde há CDs que nos reproduzem a voz da morta Elisabeth Schwarzkopf e transmissões diretas do Royal Ballet de Londres no cinema ao lado de nossa casa; onde há filhos que vos comunicam que eles próprios vão ser pais e onde catedráticos da Universidade de Coimbra podem degustar as suas fartas travessas de cozido à portuguesa. Não será esta a configuração do paraíso?</div>
<div style="background-color: white; color: #666666; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Claro que o mundo dos vivos tem o problema de, em paralelo com o paraíso a termo certo que proporciona a algumas pessoas, ser também o local onde estão o inferno e o purgatório. E nada é mais trágico do que pensarmos nos seres humanos em número incontável por esse mundo fora cuja vida só lhes proporcionou a experiência do inferno. É justo que a ideologia cristã reserve para esses irmãos o primeiro lugar no paraíso do mundo que há de vir. Mais justo ainda é tentarmos, a título pessoal, espalhar um pouco de paraíso à nossa volta e continuarmos, enquanto cidadãos, a chatear quem de direito, para que, cá em baixo, a experiência do paraíso seja cada vez mais equitativa.</div>
</div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-1206850279173659462018-09-11T12:51:00.000+01:002018-09-11T12:51:44.124+01:00Demagogia e demagogos<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
O demagogo, no seu significado grego inicial, era o chefe ou condutor do povo, sem qualquer sentido pejorativo, e, com aquele qualificativo, podemos destacar Sólon ou Demóstenes, defensores da democracia. O termo sofreu algumas alterações semânticas ainda no século V a.C., que continuam válidas nos nossos dias, passando a designar, também, aquele que procura dar voz aos medos e aos preconceitos do povo. A demagogia passou, assim, a ser a estratégia de obter poder político apelando aos preconceitos, emoções, medos, vaidades e expectativas do povo, tipicamente por meio de retórica e propaganda passionais, e, frequentemente, usando temas nacionalistas, populistas ou religiosos, bem como o recurso a propostas políticas que não podem ser postas em prática, feitas apenas com o intuito de obter benefício eleitoral ou de popularidade para quem as promete.</div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
Já Aristóteles, na Política, livro V, afirmava que o demagogo utiliza a lisonja e os artifícios oratórios, e, Platão, na Politeia, livro V, utilizou o termo para designar aquele que chama boa às coisas que lhe agradam e más às coisas que ele detesta. E quem não conhece a afirmação de Lincoln (século XIX): "<span class="_4yxp" style="font-family: inherit; font-style: italic;">Pode-se enganar algumas pessoas todo o tempo; pode-se enganar todas as pessoas algum tempo; mas não se pode enganar todas as pessoas o tempo todo</span>." </div>
<div class="_2cuy _3dgx _2vxa" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #1d2129; direction: ltr; font-family: Georgia, serif; font-size: 17px; margin: 0px auto 28px; white-space: pre-wrap; width: 700px; word-wrap: break-word;">
Max Weber incluiu em tal categoria o jornalista. De facto, dos jornalistas esperava-se um aprofundamento das questões e notícias que transmitem, que desmontassem os discursos políticos, que estudassem as circunstâncias em que ocorrem muitas das situações da nossa vida social, económica, política e financeira, evitando, assim, a demonstração diária de uma ignorância e impreparação confrangedoras, em que até meros boatos ou probabilidades são apresentados como verdades absolutas, não raras vezes desmentidos na hora seguinte, facto que não parece incomodá-los, dada a repetição diária desse comportamento. Do mesmo modo que parece não incomodar quem veicula até à exaustão essas pseudo-notícias em blogues, facebook, etc., fomentando comentários de um nível muito primário, denotando, uns e outros, uma notória incapacidade crítica, e é precisamente isso que esperam e de que se aproveitam os demagogos. Talvez François Truffaut tivesse razão ao afirmar que “<span class="_4yxp" style="font-family: inherit; font-style: italic;">A estupidez é infinitamente mais fascinante que a inteligência. A inteligência tem os seus limites, a estupidez não</span>”, embora eu não consiga descortinar nela qualquer fascínio, mas apenas algo de deprimente.</div>
</div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-3361320659816286112018-06-03T18:23:00.000+01:002018-06-03T19:54:05.693+01:00Eutanásia, significa "uma morte serena e pacífica"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não vou pedir aos deputados, e aos cidadãos em geral, que leiam a <strong>Ética Prática</strong> de Peter Singer. Por isso deixo aqui alguns excertos para leitura atenta e reflectida, pode ser que ajude a alterar discursos partidarizados quando, do que se trata, é precisamente do domínio ético-filosófico. Já o tinha feito em 2009, mas agora parece que a capacidade de retenção de conhecimento diminuiu drasticamente por contraponto ao aumento da vozearia desprovida de sentido.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span lang="FR" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Peter Singer, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ética Prática</b>, Gradiva, Lisboa, 1.ª edição, 2000 (original 1993)<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span><br />
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">P. 20<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span><br />
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">…O comportamento ético não exige a crença no
céu e no inferno.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">P. 94<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">O facto de um ser ter consciência de si
confere-lhe alguma forma de prioridade na consideração dos seus interesses?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">P. 147<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Não arranjamos dores de cabeça apenas para
podermos tomar uma aspirina e satisfazer assim o nosso desejo de nos
libertarmos da dor.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">P. 166<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Um ser só se pode considerar vítima quando
tenha interesses que são violados.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">P. 196 e seguintes<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Eutanásia, significa “uma morte serena e
pacífica”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Tipos de eutanásia: voluntária, involuntária,
não voluntária.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Voluntária – a pedido da pessoa que deseja
morrer (pouco se distingue do suicídio assistido)<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Involuntária – não se pergunta à pessoa se
deseja morrer, e, apesar do seu sofrimento atroz, muitas vezes deseja continuar
a viver se lhe perguntarem (caso de bebés com graves deformações ou adultos
com deficiências mentais graves desde o nascimento).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Não voluntária – a pessoa não é capaz de
compreender a escolha entre a vida e a morte e não deixou expresso nada nesse
sentido.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Pessoa = ser humano autoconsciente, racional e
autónomo.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Estado vegetativo = seres vivos biologicamente
mas não biograficamente.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">P. 213<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">De que modo as questões éticas são diferentes
quando um ser é capaz de consentir e de facto o faz?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">P. 220<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">John Stuart Mill pensava que o Estado nunca
devia interferir com o indivíduo, excepto para impedir danos a terceiros. O bem
individual, pensava Mill, não representa uma razão adequada à intervenção do
Estado. Mas Mill pode ter tido uma opinião demasiado elevada da racionalidade
do ser humano. Pode ser ocasionalmente um bem evitar que as pessoas façam
escolhas que obviamente não se baseiam na racionalidade e que podemos ter a certeza
de que mais tarde se irão lamentar. No entanto, a proibição da eutanásia
voluntária não se pode justificar com bases paternalistas, pois a eutanásia
voluntária é um acto para o qual há boas razões. A eutanásia voluntária só
ocorre quando, tanto quanto a medicina sabe, uma pessoa sofre de uma doença
incurável e dolorosa ou extremamente penosa. Nessas circunstâncias não se pode
dizer que optar por uma morte rápida seja obviamente irracional. A força da
argumentação em favor da eutanásia voluntária reside na sua combinação de
respeito pelas preferências ou autonomia daqueles que se decidem pela eutanásia
e na base racional inequívoca da própria decisão.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">P. 229<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Por que motivo é um mal matar, mas deixar
morrer não é?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Não existe qualquer diferença moral intrínseca
entre matar e deixar morrer (entre agir e omitir).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">P. 236<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Se os actos de eutanásia só puderem ser
praticados por pessoal médico, não é provável que a propensão para matar
alastre descontroladamente por toda a comunidade. Os médicos já têm um poder
considerável sobre a vida e a morte, por intermédio da possibilidade de
suspenderem o tratamento. Nunca se aventou que os médicos que começam por
deixar que os bebés com deficiências profundas morram de pneumonia possam
passar a deixar de administrar antibióticos a minorias raciais ou a extremistas
políticos. De facto, legalizar a eutanásia poderia muito bem limitar o poder
dos médicos, visto que traria para a luz do dia e sujeitaria ao escrutínio de
outro médico aquilo que alguns médicos fazem por iniciativa pessoal e em
segredo.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">P. 246<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Se um médico decidir, em consulta com os pais,
não operar um bebé com síndrome de Down e obstrução intestinal (deixando-o,
assim, morrer), a sua motivação será semelhante à do médico que lhe dá uma
injecção letal em vez de deixar o bebé morrer. Em nenhum dos casos é necessário
qualquer heroísmo moral. Não operar porá fim à vida com tanta certeza como uma
injecção letal. Deixar morrer tem, de facto, uma vítima identificável. (…) As
diferenças extrínsecas que normalmente demarcam a morte provocada do deixar
morrer explicam o facto por que razão, normalmente, achamos que matar é bem
pior que deixar morrer.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">P. 317 (Ética e Lei)<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Temos alguma obrigação moral de obedecer à lei
quando a lei protege e sanciona coisas que achamos totalmente erradas?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Filósofo Robert Paul Wolff: “A marca
definidora do Estado é a autoridade, o direito de governar. A primeira
obrigação do homem é a autonomia, a recusa em ser governado. Poderia parecer,
então, que não há solução para o conflito entre a autonomia do indivíduo e a
suposta autoridade do Estado. Enquanto o homem cumprir a sua obrigação de ser o
autor das suas decisões resistirá à pretensão do Estado de ter autoridade sobre
si.”<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Henry Thoreau, Civil Disobedience, século XIX:
“Terá o cidadão de entregar a sua consciência ao legislador, nem que seja por
um só momento ou no grau mínimo? Para que terá então todo o homem uma
consciência? Penso que devemos ser em primeiro lugar homens e só depois
súbditos. Não é desejável cultivar o respeito pela lei nem pelo direito. A
única obrigação que tenho o direito de assumir é a de fazer sempre aquilo que
penso ser justo.”<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Atenção: a ética requer imperativos racionais e
universais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">P. 374<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Qual é a importância moral da distinção entre
provocar a morte de um paciente, retirando-lhe o tratamento necessário ao
prolongamento da vida, e provocá-la por meio de uma intervenção activa?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">P. 381<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIxMXSIj6aEnqeY9gc3u8aiuznBE7X8gWzifsqrcwEBsS15SCiXMeph6T0Sk1Odn-fe4kYPSopch46BI9WgbkcFO97K5ZbEvKVkYnM4z-cw7JmbgbltiZJYFq7YaNHaukiwUyi-xvTqw8/s1600/Peter+Singer.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a> </div>
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;">Voltaire: “não concordo com o que diz, mas
defenderei até à morte o seu direito de dizê-lo”. </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIxMXSIj6aEnqeY9gc3u8aiuznBE7X8gWzifsqrcwEBsS15SCiXMeph6T0Sk1Odn-fe4kYPSopch46BI9WgbkcFO97K5ZbEvKVkYnM4z-cw7JmbgbltiZJYFq7YaNHaukiwUyi-xvTqw8/s1600/Peter+Singer.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="264" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIxMXSIj6aEnqeY9gc3u8aiuznBE7X8gWzifsqrcwEBsS15SCiXMeph6T0Sk1Odn-fe4kYPSopch46BI9WgbkcFO97K5ZbEvKVkYnM4z-cw7JmbgbltiZJYFq7YaNHaukiwUyi-xvTqw8/s320/Peter+Singer.JPG" width="211" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;"></span><br />
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;"></span><br />
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;"></span><br />
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 11pt;"><o:p></o:p></span> </div>
</div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-40168894852863476592014-09-12T13:03:00.000+01:002014-09-12T13:03:40.811+01:00Frederico Lourenço, Utopia setecentista em Jerusalém<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjymAwZa49OlRpSBf3NrnPpfntMHh6p8GmJNDw6i4fPtvYBG678sM8r4IC_MToCmE2pWZIKGsXlVEY5S9UlaeGX9zidJPQjiU0mHtOdpLH4QD4Q0kMLgqzkAZViOkgeNi5pt5SXxMPSlfY/s1600/Frederico+Louren%C3%A7o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjymAwZa49OlRpSBf3NrnPpfntMHh6p8GmJNDw6i4fPtvYBG678sM8r4IC_MToCmE2pWZIKGsXlVEY5S9UlaeGX9zidJPQjiU0mHtOdpLH4QD4Q0kMLgqzkAZViOkgeNi5pt5SXxMPSlfY/s1600/Frederico+Louren%C3%A7o.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">«A
literatura do século XVIII não é só punhos de renda e saias em balão. Também
não é só o cinismo de Valmont nas “Ligações Perigosas” (1782) nem só a
exaltação suicidária de Werther (1774). Para lá do mártir judeu António José da
Silva ou do libertino Casanova (e diferentemente de Samuel Johnson ou de
Voltaire) há um homem-mundo chamado Lessing. E não há melhor ponto de partida
para se considerar esta fascinante figura do que a sua peça “Nathan o Sábio”
(“Nathan der Weise”). Publicada em 1779 mas só representada, já depois da morte
de Lessing, em 1783, este drama supremo do Humanismo, este apelo à
reconciliação das três grande religiões monoteístas (Judaísmo, Cristianismo,
Islão) não só estilhaça todos os lugares-comuns sobre a literatura setecentista
como, em 2014, não podia ser mais actual.<br />
A acção da peça desenrola-se em finais do século XII, na cidade das Três
Religiões, Jerusalém, num momento histórico em que perfazia mais ou menos vinte
anos que o Papa se dignara admitir a existência de um pequeno país chamado
Portugal. Em Coimbra, na altura a capital portuguesa, reinava Sancho, primeiro
de seu nome. Em Jerusalém reinava Saladino, o feroz déspota muçulmano, que a
tradição romanesca sempre gostou de pintar com cores de nobreza sanguinária. <br />
Mas Saladino, antes mesmo de começar a peça “Nathan o Sábio”, acabara de ter um
gesto não-sanguinário que deixara a cidade de Jerusalém estupefacta. Salvou da
pena de morte um jovem cavaleiro templário cuja cabeça já estava no cepo. Jovem
templário esse cuja primeira acção, após o indulto inesperado do sultão, é
salvar das chamas uma jovem judia – a filha adoptiva de Nathan, o sábio judeu
protagonista da peça. Logo antes, portanto, de a trama da peça começar, temos
estes gestos inusitados de compreensão e de tolerância da parte de um muçulmano
para com um cristão e da parte de um cristão para com uma (alegada) judia.<br />
Seria pena contar aqui o enredo desta obra dramática fascinante; não quero
estragar a leitura a quem não a tenha lido ainda. Não deslustrarei, contudo, a
teia de ingredientes bem aristotélicos (peripécia, catástrofe, anagnórise) se
referir aqui o momento-chave deste drama, que ocorre quando o judeu Nathan
conta ao sultão a História dos Três Anéis. <br />
Havia outrora um anel que detinha o poder de tornar quem o usava amado à vista
de Deus e dos homens. Este anel foi passando de geração em geração, até que um
pai de três filhos quis deixá-lo àquele dos três a quem ele mais amava. No
entanto, apercebeu-se antes de morrer que amava os três filhos de forma igual.
Assim, mandou fazer em segredo duas cópias do anel sagrado e, no leito de
morte, deu um anel a cada filho, já insciente de qual era o verdadeiro anel. Os
próprios filhos, incompatibilizados entre si, esforçam-se por descobrir qual
dos três anéis é o verdadeiro – aquele que daria ao seu possuidor o poder mais
legítimo. Mas as cópias estavam tão bem feitas que era impossível distinguir os
anéis entre si. Por fim, litigando uns contra os outros perante um sábio juiz,
ouvem da boca deste a sentença, segundo a qual o que conta é o amor com que o
pai legou os anéis aos três filhos amados, pelo que das duas uma: ou os três
anéis têm de ser considerados falsos; ou então são os três verdadeiros.<br />
Esta belíssima parábola tem como referente óbvio as três religiões: Judaísmo,
Cristianismo e Islão. Nenhuma das três é “a verdadeira”, porque cada uma das
três é verdadeira. Mais: nas palavras do juiz, as três religiões são
necessárias e requeridas por Deus. “É possível que o Pai já não quisesse em sua
casa a tirania do único anel”.<br />
Muito à frente do seu tempo e – como as tensões persistentes entre judeus,
muçulmanos e cristãos ainda hoje provam – muito à frente do nosso, este
extraordinário texto de Lessing constitui um convite à reflexão e desafia-nos a
considerar o fenómeno religioso sob o prisma das Luzes. Prisma de que
continuamos ainda tão precisados hoje no mundo inteiro. <br />
Ao mesmo tempo, o enredo da peça pretende confirmar a importância da
consciência individual; a importância da escolha que cada um faz e que os
outros têm de respeitar. No meio de tantos pensamentos ousados e de tantas
frases arrojadas com que nos deparamos em “Nathan o Sábio”, há uma expressão
que me parece constituir o arrojo supremo: “ninguém deve ser obrigado a nada”
(“niemand muss müssen”). Em 2014, temos tanto a aprender com este texto de
1779.»</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;"><b>Frederico
Lourenço</b> (texto publicado hoje no <a href="https://www.facebook.com/profile.php?id=100007197946343&hc_location=timeline">Facebook</a>)</span></div>
</div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-51852363595126240592014-07-04T15:58:00.000+01:002014-07-04T15:58:45.544+01:00Rui Ramos, Se eu fosse mesmo um neo-liberal<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5fce64XmP8HayZAf_3MtCWTyDccc2K94HjN54xahs61wzQmGYBitF9c4GlvDzri39q5QZqjXdmnmarD0xOFOSVLo42z-9qWLT2GHC6e2kmoeTJ-T4hGxjoXeacE4YJ7-9CZYyqe6advo/s1600/rui_ramos.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5fce64XmP8HayZAf_3MtCWTyDccc2K94HjN54xahs61wzQmGYBitF9c4GlvDzri39q5QZqjXdmnmarD0xOFOSVLo42z-9qWLT2GHC6e2kmoeTJ-T4hGxjoXeacE4YJ7-9CZYyqe6advo/s1600/rui_ramos.jpg" height="230" width="320" /></a></div>
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">«Se
eu fosse mesmo um “neo-liberal”, um daqueles sicários sem escrúpulos do
“capitalismo selvagem”, como as esquerdas gostam de dizer, que queria eu?
Segundo as esquerdas anti-capitalistas, a minha lista para o Pai Natal seria a
seguinte: acabar com o Estado social, baixar os salários de toda a gente menos
dos executivos ricos, e, já agora, instaurar uma ditadura. Vamos então admitir
que, enquanto “neo-liberal” selvagem, eram esses os meus desejos. Acontece que,
depois, as esquerdas acrescentam que eu também quero a troika, a austeridade, e
a dívida. E é aqui que as esquerdas não fazem sentido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Não,
meus caros amigos anti-capitalistas, estão muito, mas mesmo muito enganados. Se
eu fosse um neo-liberal desalmado, com os objectivos que a esquerda atribui a
essa espécie biológica, eu não queria a troika, nem aceitaria a austeridade,
nem estaria disposto a pagar a dívida. Muito pelo contrário. Se eu fosse mesmo,
mas mesmo, um neo-liberal desses que vos assustam tanto, o que eu queria era a
bancarrota, a saída do euro, a desvalorização e a inflação, que foi aquilo que
a troika e a austeridade preveniram até agora.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">E
porquê? Porque a bancarrota, a saída do euro, a desvalorização e a inflação,
seriam a via mais segura para liquidar o Estado social, comprimir
definitivamente os salários e talvez mesmo experimentar, com o país fora da UE,
algum velho autoritarismo. Se eu fosse um neo-liberal como a esquerda os pinta,
eu não queria ver Passos Coelho no governo a prever a reposição dos salários do
Estado, nem Paulo Macedo a viabilizar o SNS, ou Nuno Crato a tentar corrigir o
ensino público. Não, o que eu queria era ver António Costa (ou Seguro),
Catarina Martins e Jerónimo de Sousa muito juntinhos num governo
“verdadeiramente de esquerda”, a renegar a dívida pública, a recusar o tratado
orçamental europeu, a adoptar uma nova moeda, e a sair da UE. Num país sem os
petróleos do socialismo venezuelano, era meio caminho andado para a declaração
de irrelevância do Estado social e para uma economia de salários cubanos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">As
esquerdas anti-capitalistas atribuem todos os males do país ao ajustamento. Até
o facto de não renovarmos gerações, como se isso já não acontecesse desde 1981.
É verdade: a austeridade restringiu subsídios e carregou impostos. Sim,
perdemos poder de compra, mas menos do que no ajustamento de 1983-1985, e muito
menos do que se já estivéssemos a ser pagos em moeda desvalorizada. Sim, há
menos beneficiários do Rendimento Social de Inserção. Mas sem a austeridade,
não teria havido ajuda externa e não haveria hoje RSI, ou melhor, talvez
houvesse, mas com valores equivalentes a não haver.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Se
o neo-liberalismo pretende, como a esquerda diz, encerrar o Estado social, pôr
os trabalhadores a pão e água, e impor uma ditadura, então o ajustamento
frustrou os neo-liberais: manteve-nos na Europa democrática, ressalvou a maior
parte do nosso poder de compra (segundo o INE, os nossos rendimentos estão
agora ao nível de 2007, o que, convenhamos, não era o de 1975), e salvaguardou
a estrutura do Estado social, com os seus programas principais. Mais: reforçou,
até, o peso fiscal do Estado, o que, segundo os manuais, não é exactamente
liberal. O programa de ajustamento negociado com a troika poupou assim a
sociedade portuguesa a uma transição brusca, como a que teria ocorrido se
tivesse faltado financiamento externo à economia. No entanto, os altifalantes
do anti-capitalismo nacional não gostam. Pelos vistos, não lhes importa a
democracia, o Estado social, e o poder de compra. Querem ver que são eles os
neo-liberais?»</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">In
<a href="http://observador.pt/opiniao/se-eu-fosse-mesmo-um-neo-liberal/"><span style="color: #3366ff;">Observador</span></a></span></div>
</div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-30271267611540399142014-06-07T15:50:00.000+01:002014-06-14T14:45:19.610+01:00Possidónio Cachapa (citação)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM6xQ91MtYnXvOCRYOaHoflOn018nl89-i4tita3Y_ridVCt8hc2wZe1fHMSZITIrqxNtmHhjmVvjeKPCXVi8ufhA1uz_LCTVu0O-mjcliwmFywUzj_xChF1dYM_8fB3f53xZpR313Q7I/s1600/Possid%25C3%25B3nio+Cachapa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM6xQ91MtYnXvOCRYOaHoflOn018nl89-i4tita3Y_ridVCt8hc2wZe1fHMSZITIrqxNtmHhjmVvjeKPCXVi8ufhA1uz_LCTVu0O-mjcliwmFywUzj_xChF1dYM_8fB3f53xZpR313Q7I/s1600/Possid%25C3%25B3nio+Cachapa.jpg" height="200" width="160" /></a></div>
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">«Todos os jornais falam da política como falam da bola: por
bitaites, quem joga, quem fica no banco, quem vai rematar os penaltis...
Ninguém pensa para lá disso, globalmente, acima das tricas, acima do recreio em
que os meninos trocam cromos. Os jornais não são a escola, de facto. E muitos
dos que os fazem passaram por ela escorregando pelas paredes, ou pior,
escutando apenas as vozes desesperadas de quem já só pede que fiquem
sossegados. <br />
Flash News: é possível pensar as soci<span class="textexposedshow">edades para lá
dos nomes que se esborracham contra as objectivas. Saber e dizer que estas
baratas tontas que correm histericamente pelos corredores das sedes
partidárias, das assembleias, de São Bento, são como Jesus, mas no mau sentido:
caminham sobre a babugem das ondas achando que nadam as profundezas do Estado.
Por uma vez, gostaria de ver escrito coisas que não fossem sobre as cuecas dos
ronaldos de pacotilha que elegemos, vamos eleger, ou odiamos porque têm um
cabelinho à mete-nojo ou o olhar teimoso de um metalúrgico que não acredita na
bondade dos outros.</span><br />
<span class="textexposedshow">Por uma vez, ficaria contente, de ver o país que se
expressa a fazê-lo levemente acima do esforço de postar um gatinho a tocar
piano.</span><br />
<span class="textexposedshow">Por uma vez, gostaria de sentir que pertenço a um
país que pensa de vez em quando...»</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="textexposedshow"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Possidónio Cachapa</span></b></span><span class="textexposedshow"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;"> (texto publicado hoje no <a href="https://www.facebook.com/possidonio.cachapa?fref=nf">Facebook</a>)</span></span></div>
</div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-86615553829731336292014-05-06T12:16:00.000+01:002014-05-06T12:16:29.480+01:00Balanço cauteloso<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Há três anos deixei aqui expressa a minha satisfação pelo
conteúdo do memorando de entendimento entre a troika (UE, BCE e FMI) e o Estado
português, que elencava pormenorizadamente os ajustamentos a efectuar na sua estrutura,
e que eram condição para que a ajuda financeira fosse disponibilizada. Do mesmo
modo, expressei agrado pelo conteúdo do programa do governo, uma vez que
reflectia o conteúdo daquele. Deixei também alguns apontamentos sobre a minha
incredulidade face a reacções colectivas de alguns cidadãos, porque me era, e
continua a ser, difícil entender como estavam e estão completamente a leste da
verdadeira situação do país. E como não gosto de me repetir, deixei de escrever
sobre o assunto, interessando-me apenas em acompanhar e analisar se o governo
estava a cumprir o estipulado no referido memorando e respectivas
actualizações, e tanto me tem bastado, apesar dos obstáculos que foram surgindo
nestes três anos de ajustamento que agora se completam. Aliás, muitos mais
obstáculos surgirão, porque o que se fez não é nada comparado com o que o país
precisa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Não foi Gabriel García Marquez, homenageado recentemente
devido à sua morte, quem disse, depois de ter estado em Portugal em 1975, que
“Portugal não produzia nada, senão portugueses” (e actualmente, nem isso, digo
eu)? E nem sei se ele sabia alguma coisa sobre a qualidade de muitos desses
portugueses que ainda “produzíamos”, mas admito, dadas as características da
sua literatura, que até tenha gostado do nosso lado fantasioso. Só que esse
lado é incompatível com a construção diária de um país, de qualquer país, e
mais ainda com a reconstrução de um país, e é isso que é necessário fazer com o
nosso. Porque uma coisa é construir bem, seja o que for, desde o início, outra
coisa é desfazer o que está errado e substituí-lo por algo melhor, dificuldade
que se acentua se esse país tiver séculos de História, ao longo dos quais
muitos dos seus cidadãos, imitando muitos dos seus dirigentes, o que acumularam
foram vícios, que conduziram a dívidas, e foram estas que nos levaram, em
poucas décadas, a três resgates de bancarrota iminente. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Conhecendo-nos como nos conhecemos, ou, mais prosaicamente,
sabendo-se o que a casa gasta, não li, nem ouvi uma única proposta séria para
que a sociedade debatesse que país quer, quais as funções que o Estado deve
desempenhar e quais os assuntos onde o Estado nem se deve meter, etc., etc. Do
que se fala a toda a hora é sobre uma proposta de reforma do Estado a
apresentar pelo governo, governo que, nos últimos três anos, tem estado imerso
no memorando 24 horas por dia, tal a quantidade de itens que ele contém para
cumprir nos prazos estipulados. Mas como é que isso seria possível? Além do
mais, a reforma do Estado não é assunto de governos, mas de toda a sociedade, e
estes três anos podiam ter servido também para se fazer esse debate e não estar
à espera que um governo tome essa iniciativa. A única “iniciativa” de qualquer
governo deverá ser a de gerir com parcimónia o dinheiro dos contribuintes sem
nunca esquecer que o mundo em que vivemos é real e que todas as acções têm
consequências. Quem gostar de fantasiar que fantasie, desde que não faça parte
de governos ou de oposições responsáveis. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Não abordei o modo como vamos sair do programa de
ajustamento, porque não lhe atribuo grande importância, dado que, e mais uma
vez, sabendo o que a casa gasta, felizmente temos o tratado orçamental que nos
obriga a mantermo-nos nos carris, além da vigilância dos nossos credores. Sobre
a questão da perda ou recuperação da nossa soberania só me posso rir, já que a
partilhámos quando aderimos à comunidade, agora União Europeia, e porque, como escrevi
noutro texto, nenhuma pessoa ou país sobreendividado se pode considerar livre.
A única coisa soberana que temos é a dívida – a dívida soberana, resultado de
erros também soberanos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">© Maria
Paias</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">______________</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://restolhando.blogspot.com/2011/05/poema-em-forma-de-memorando.html"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Poema em forma de memorando (6/5/2011)</span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://restolhando.blogspot.com/2011/07/depois-do-poema-uma-sinfonia.html"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Depois do poema uma sinfonia (2/7/2011)</span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://restolhando.blogspot.pt/2012/09/a-troika-e-que-devia-lixar-se-para-nos.html"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">A troika é que devia lixar-se para nós (15/9/2012) </span></a></div>
</div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-29971273228491051942014-04-28T14:49:00.000+01:002014-04-28T14:49:48.497+01:00Vasco Graça Moura, "Zeus e o destino"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpaMF2wEY9JuiPT4EpQUfdEYmOdPj5BRmxtEV-i0-BTGoZPtSeiXekwRICezCerA8-st2PjPyCVC25OkdmfbWc-XCMnSbRyl0wRcEVgIC5PJUs-sgISTltEH-jVbfU2pfmalHTAYL9ilM/s1600/Vasco+Gra%C3%A7a+Moura+1.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpaMF2wEY9JuiPT4EpQUfdEYmOdPj5BRmxtEV-i0-BTGoZPtSeiXekwRICezCerA8-st2PjPyCVC25OkdmfbWc-XCMnSbRyl0wRcEVgIC5PJUs-sgISTltEH-jVbfU2pfmalHTAYL9ilM/s1600/Vasco+Gra%C3%A7a+Moura+1.jpeg" height="200" width="144" /></a></div>
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";}
</style>
<![endif]-->
<br />
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">porque ele tem a sua morte
anunciada,<br />
porque de pentesileia o trespassou<br />
o olhar agonizante e eu o canto<br />
fugaz e reiterado como um brilho no bronze,<br />
porque este é um dos meus versos mais amados<br />
da ilíada quando, no canto sexto, helena<br />
de tróia exclama a lamentar-se "zeus<br />
deu-nos um destino infeliz para que, mais tarde,<br />
os homens nos cantassem", a desoras<br />
não sei se estas certezas nos trarão<br />
como as marés acasos hesitantes,<br />
nocturnos objectos de desejo,<br />
coisas nenhumas e pequenos nadas,<br />
mas sei de captações contraditórias,<br />
harpas de sombras íntimas tocando<br />
o mais verbal da vida, o nervo dela.<br />
é quando se transforma, quente e denso,<br />
o coração num desafio ao mundo<br />
e tudo leva a tudo e transfiguram-se<br />
a memória, as imagens, o real inesperado.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">1. Zeus e o destino, in Sombras
com Aquiles e Pentesileia, Quetzal, 1999 </span><br />
<br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Vasco Graça Moura</span></b><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;"> (3/1/1942 – 27/4/2014)</span><br />
</div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-38617316985761018062014-04-26T15:31:00.000+01:002014-04-26T15:31:15.022+01:00Entrevista a Mendo Henriques<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<!--[if !mso]>
<style>
v\:* {behavior:url(#default#VML);}
o\:* {behavior:url(#default#VML);}
w\:* {behavior:url(#default#VML);}
.shape {behavior:url(#default#VML);}
</style>
<![endif]--><br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">«<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mendo Henriques: 40 years after April 25<sup>th</sup> the revolution
still goes on – Interview</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<em><b><span lang="EN-GB" style="color: black; font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;"> By Carolina Matos,
Editor (*) </span></b></em></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<em><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb3e0K5D6XgVnVvey-TgYAd6ouaI9_-e_2HilNQKI8r8-uJVC9S8aR5Ia3oQlXvaSImFwaGWaPfQjMvTRB2g3E40HlCT2lSrtdJD-KEfhsQoaVQp9Itrvb9hGvCCGzzjoooaXXVQfsLc8/s1600/Mendo+Henriques.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb3e0K5D6XgVnVvey-TgYAd6ouaI9_-e_2HilNQKI8r8-uJVC9S8aR5Ia3oQlXvaSImFwaGWaPfQjMvTRB2g3E40HlCT2lSrtdJD-KEfhsQoaVQp9Itrvb9hGvCCGzzjoooaXXVQfsLc8/s1600/Mendo+Henriques.jpg" height="166" width="320" /></a></b></em></div>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;"></span></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">Mendo Henriques is an associate
professor at the Catholic University of Lisbon, Portugal. His many areas of
interest include Political Philosophy, Philosophy of Consciousness, Applied
Philosophy, Ethics, History, Citizenship, Literature, Governance, Religion and
Education.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">He has written extensively on
Fernando Pessoa, Bernard Lonergan, and Eric Voegelin and is the author and
co-author of many books, research, monographs and articles published in
Portugal, Brazil, Spain and France.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">A former advisor of the National
Defense Institute and director of GEPOLIS (Gabinete de Estudos
Ético-Político-Religiosos; UCP), Mendo Henriques is an opinion leader and
political blogger devoted to issues of citizenship awareness, civic activism
and volunteerism.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">He is the founder and director of
the <span style="color: black;">Instituto da Democracia Portuguesa</span>,
a Portuguese think tank, and publishes in a variety of Internet sites dedicated
to civics, namely </span><span style="color: blue; font-family: Arial; font-size: 11.0pt;"><a href="https://www.facebook.com/groups/103407646873/" target="_blank"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language: EN-GB;">Instituto da Democracia Portuguesa</span></a></span><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">,
</span><span style="color: blue; font-family: Arial; font-size: 11.0pt;"><a href="https://www.facebook.com/groups/154234558082499/" target="_blank"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language: EN-GB;">Clubes da Cidadania</span></a></span><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">,
and </span><span style="color: blue; font-family: Arial; font-size: 11.0pt;"><a href="https://www.facebook.com/groups/606169582733387/" target="_blank"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language: EN-GB;">Colóquios Lonergan</span></a></span><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">In 2013, he co-authored with Nazaré
Barros </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;"><a href="https://www.facebook.com/pages/Ol%C3%A1-Consci%C3%AAncia/307867466009712" target="_blank"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language: EN-GB;">Olá,
Consciência!</span></a></span><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">a “think-for-yourself” book devoted
to the philosophy of conscience and critical thinking. The book, published in
Portugal and Brazil, is now being adapted into English by Henrique Rodrigues
for publication in the United States.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: blue; font-family: Arial; font-size: 11.0pt;"><a href="https://www.facebook.com/pages/Ol%C3%A1-Consci%C3%AAncia/307867466009712" target="_blank"><span lang="EN-GB" style="mso-ansi-language: EN-GB;">Mendo
Henriques</span></a></span><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;"> holds a Bachelor Degree and Master’s Degree in
Philosophy from the University of Lisbon, a doctorate from by the Catholic
University of Lisbon. He has done pre-doctorate studies at the Hoover
Institution, CA/USA, and at Geschwister-Scholl Institut, Munich, FRG.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">In this interview for the <em><span style="font-family: Arial;">Portuguese American Journal</span></em>, he reflects
on contemporary Portugal, 40 years after the Carnation Revolution of 1974, on
his thinking and his vision for the future.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong><span lang="EN-GB" style="color: black; font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">Portugal is celebrating
40 years of freedom and democracy. Looking back, was the 25th of April
revolution worth it?</span></strong><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">All indicators before and after
April 25<sup>th</sup>point to this: the Portuguese state was perceived as being
rich but we were poor and forced to migrate; the state was sovereign but we had
no freedoms; we held a colonial empire but were not able to conquer the minds
and hearts of those we colonized. Against this backdrop the revolution was well
worth as it freed us to make new choices. What we have chosen, however, has
been tested by capitalism. Capitalism is capable of creating the best life
conditions when the wealth created better serves the collective welfare; or the
worst when the created riches are abused by a minority, as explained by Thomas
Piketty and illustrated by the Gini Coefficient about inequality. What we do in
Portugal today is contingent to European and global answers. Yet, we should not
accept bad policies forced on us due to the ignorance or greed of those in
government.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong><span lang="EN-GB" style="color: black; font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">The revolution had three
objectives: decolonize, democratize and develop. From your perspective,
were the ideals of the revolution achieved?</span></strong><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">The ideals of the revolution were
achieved. Yet, the world has changed greatly in the last 40 years and new
challenges have emerged. Decolonization: despite the long civil wars in Angola
and Mozambique, after 1974, these African nations have remained linked to
Portugal by affection and economic interests. What we now call
“Lusofonia” has been the appropriate answer to current challenges.
Democratization: a “formal” democracy has been established and
guaranteed. However, to achieve a “real” democracy we are in need of new
political parties in order to counteract the oligarchic impositions that impoverished
us. Development: the country was finally provided with progress tools.
However, we need to support those who use these resources but have been
penalized by austerity policies. I think that the civil society will
produce new rulers with the ability to face our current problems. The
revolution still goes on.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span lang="EN-GB" style="color: black; font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;"></span></b></div>
<a name='more'></a><b>In 1974, Portugal was
amongst the poorest countries in Western Europe in the grip of a deep crisis.
Since then much has changed for the better. Yet, in 2014 Portugal remains
one of the poorest countries of the Eurozone going through a deeper social and
economic crisis. How would you explain the paradox?</b><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">Yes, we are facing a paradox
inexplicable through social sciences. The explanation must be found in
the contexts of history and cultural anthropology. As Jorge Dias has
explained, in <em><span style="font-family: Arial;">Os Elementos Fundamentais
da Cultura Portuguesa</span></em>, the Portuguese character is “a mix of
a dreamer and a man of action,” or rather, “a dynamic dreamer who has a certain
practical, realistic sense.” He once said, “When I stroll in Lisbon, I
can see the sailors of the past; I don’t see the captains.” Without
dreaming, the individual won’t thrive; without leadership, the country won’t
survive. In 1974, the state was relatively rich, but the Portuguese were
poor. Economic growth was one of the highest in Western Europe, with a
GDP per capita of about 70 % against the European average. Following the
establishment of democracy, by 2000 the GDP went up to 75-76 % against the
European average. However, with the enactment of pro-cyclical economic
policies, such as over construction, foreign loans and now the austerity
measures, between 2001 and 2014 we have regressed to 70 %. Leadership in
Portugal – or in Spain and France – has been of an unqualified parochialism.
Here, leaders have been inept in sustaining the Portuguese dream.
They act as administration staff, rather than being the statesmen of a
country remarkably rich in values.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong><span lang="EN-GB" style="color: black; font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">You have had a major
role in the creation of the Instituto da Democracia Portuguesa (IDP), an
alternative politics formation whose goal is to challenge the current political
system in Portugal. What is the ideological precept behind the emergence
of this movement?</span></strong><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">Born in August 2007, the IDP acts as
a ‘think-tank’ whose goal is to challenge the neo-liberal trend started in the
80s. Its main mission is to promote the common good and to encourage
independent thinking. But change takes time. For now, the IDP
offers public policy proposals and is active in supporting a political movement
called Nós, Cidadãos! We reject a model of development that disregards the
needs of the middle class and feeds on the complicity between the over spending
state, captured by “neo-liberals” and always in debt to multinational banks,
and the “neo-socialist” corporations selling consumer goods and supported by
the state and the also by multinational banks. The middle class pays for
most public amenities such as education, health and housing, and is left
without self-sustaining means.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong><span lang="EN-GB" style="color: black; font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">One of your proposals
has been to bring back the monarchy. Wouldn’t it be an anachronism?</span></strong><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">Democracy allows for the expression
of public interest through political parties and elected governments. As it is
the case throughout Europe, there are difficulties in balancing the uniqueness
of each European country and overall European cohesion. Ronald Reagan
once told D. Duarte de Bragança when receiving him at the White House “Why
don’t you run for President?” I believe that a monarchy, or a “republic
with a king,” would be our way to tell Europe, “Get organized as a
confederation and we will contribute with our national identity.” We must
balance our historical heritage with our vision of the future. Anyway, D.
Duarte de Bragança has already won a place in history by preparing himself and
the Royal Family for such a transition.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong><span lang="EN-GB" style="color: black; font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">Dissatisfaction is
growing in Portugal where salaries are amongst the lowest in the
Eurozone. The unemployment rate is currently at 15.3%, but over 35% among
the young professionals. They are leaving the country by the thousands
looking for work abroad. What is your advice for them?</span></strong><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">I suggest that they remain connected
to their roots. Those leaving Portugal (a country 2000 years ago once
called Lusitania), will carry with them the language, traditions and tastes,
together with its Mediterranean, Roman and Judeo-Christian legacy. Will
this heritage all of a sudden become useless? Shouldn’t we rather stay
connected and work together to keep it alive? This is a fundamental
question for anyone who stays or leaves Portugal today. Being nihilistic
would be to accept that our heritage is exhausted and that all revolves around
individual survival. I am among those who like to think that by trying
hard, and through digital networking, we can stay linked to the past and
reinvent the future. I strongly believe in the benefits of diaspora – one
can leave Portugal but still remain within it and, by being within, one can
also be outside of it.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong><span lang="EN-GB" style="color: black; font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">What would your advice
be for those who would rather stay in Portugal?</span></strong><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">More than addressing those who “just
stay,” I would rather speak to those who stay connected. We must rediscover
ourselves as free citizens able to control our future. Take productivity,
for instance. If a Portuguese worker in Portugal is able to produce 66 %
of the European labor average and when in Luxembourg he produces 186 % of the
European average – the difference lies not with him, but with governments and
corporations. A renewed social pact was the idea expressed in September
15, 2012, during a demonstration of 1 million people in cities across the
country. Rui Moreira, the current Mayor of Porto, referred to this
movement as an ultimatum to the government. The problem facing the
Portuguese people today is the lack of differences between the two right and
left political forces – the socialists and the conservatives. Both run a
“neo–liberal” state that favors big “neo-socialist “corporations who are
disposing of our national, non-transferable assets while dependent on the
government and multinational banking to survive.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;"><a href="http://portuguese-american-journal.com/wp-content/uploads/2014/04/OLA.jpg"><span style="text-decoration: none; text-underline: none;"><span style="mso-ignore: vglayout;"> </span></span></a></span><strong><span lang="EN-GB" style="color: black; font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">Throughout your career you’ve explored and written about a wide range of
topics from political philosophy and ethics to history and religion. Most
recently you and Nazaré Barros co-authored </span></strong><em><b><span lang="EN-GB" style="color: black; font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">Olá, Consciência!</span></b></em><strong><span lang="EN-GB" style="color: black; font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">,
a book devoted to the philosophy of conscience as an individual and social
value. Why this book now?</span></strong><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">The book appeared as an alert for
the need to make a paradigm shift from a society centered on “me” to a society
focused on “we.” The shift begins with the awareness that “conscience” is
not to be understood as the “I” of psychology or as an “epiphenomenon”
resulting from neurological processes but rather as a relationship between the
“me” and the “other.” As Viktor Frankl once said, “Ultimately, man should
not ask what the meaning of his life is, but rather must recognize that it is he
who is asked, a formula echoed by President Kennedy’s dictum. We should
start listening not to our projects but to the plans that life has for us
through the encounter of the other. This clash of paradigms may be
disconcerting. I believe the book first brings some discomfort to the
reader, at least for those who are used to accept opinions and lifestyles
without the “consciousness” of what they are doing or thinking. I should say
that Olá Consciência, like Socrates and the gadfly disturbing everyone’s sleep
aims to challenge many clichés and urban myths by forcing the reader to leave
comfort zones where more often than not prejudices define everything.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong><span lang="EN-GB" style="color: black; font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">The field of philosophy
has had a reputation for being especially hostile toward women. You
just co-authored a book with a female philosopher. Will you comment on
your experience?</span></strong><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">Philosophy was born as a form of
dialogue through questions we ask and answers we get. We may dialogue
with ourselves or with the other. In this case, the dialogue was between
two people. To be more precise, the original idea of the book was only
developed when Nazaré started dialoguing with me. This is how the process
began and how, Olá, Consciência! justified its title which is, of course, a
greeting symbolizing this encounter. The first 10 chapters are about
discovering the intellectual and emotional tools that make the basis of our
models of thought and the searching for “truth.” Chapters 11-21 expands
the debate to human action in history, politics, religion, economics and art,
seeking to reflect on what is valuable and “good.” Writing it was most
pleasurable because, as many readers have pointed out, between the two of us we
succeeded in achieving a perfect synthesis – like playing a piano with four
hands.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong><span lang="EN-GB" style="color: black; font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">What is the role of the
philosopher and of philosophy in todays’ world?</span></strong><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">Philosophy will always try to be the
synthesis of ideas that sustain what we do and what we think. These ideas
are at work in art, science, law, politics, ethics and everything else that is
alive. In the past, philosophers presented this synthesis as a whole to
be taken or rejected as a whole. The concept has since changed.
From a more conservative view, we are living within what was left of our
eroded traditions which, as Alasdair McIntyre wrote, were turned into the
“wasteland” that T.S. Elliot described. Here Plato and Aristotle, and
even Descartes and Hegel, are seen as exotic references for mass culture.
This moving away from our intellectual roots has been blamed for the so called
“crisis of values.” Yet, without this “crossing of the desert,” our ideas
won’t have achieved authenticity. Therefore, I believe that we are not
facing a “lack of values” but rather facing an overabundance of values in the
absence of ethics. Traditional ethics are no longer sufficient to
confront the unknown future which, as Hans Jonas has warned us, is full of
risks. The role of philosophy today is to rebuild the bridges between our
intellectual roots and can only be achieved through the acknowledgement of the
other.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong><span lang="EN-GB" style="color: black; font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">What do you think are
the biggest philosophical issues of our time?</span></strong><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">In the 20th century, philosophy and
in particular the knowledge of the self, became no longer a concern for just a
few scholars but, as Bernard Lonergan observed, has become a social issue.
Therefore, we must start by saying “no” to self-centered thought. The
question is: How do we connect to other? Philosophers such as Martin
Buber, Franz Rosenzweig, Viktor Frankl, Emmanuel Levinas, Hans Jonas, Giusepe
Zanghi, Charles Taylor and Gabriel Marcel, have demonstrated that dialogue is
paramount to human existence. I think that ultimately our concerns can be
summarized in just one sentence: “We want to be heard.” The world no
longer wants to be explained – it wants to be heard. The people no longer
want to be just represented – they want to share. At the very core of
reality, a voice is claiming: “We want to be acknowledged.”</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong><span lang="EN-GB" style="color: black; font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">If you could choose one
thing to change about the world, what would it be?</span></strong><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">In many ways, the 20<sup>th </sup>century
was the century of the “self” generating big dictator’s egos such as Hitler,
Stalin and Mao Zedong who imposed their will on others by barbarian and violent
means. It also generated individual selfishness common to both the
producer and the consumer. I believe the 21<sup>st </sup>century will be
the century of “we” where no collective act will ever replace the singular act
of meeting the “other” and where we will rather acknowledge the meaning that
results from our encounter with the singularity of “other.” By ignoring
the other, we will open the way for acts of corruption and violence and for
personal and social immorality. Dialogic thinkers are now responding to
the barbarism of the 20<sup>th </sup>century by demonstrating how selfish
reason has failed us. We will need to learn that to be ethical is to be
able to face, not just the major social and historical deeds, but also the
lesser everyday happenings which can embody inhuman and violent acts against
the other, and that, because they are within historical and social frameworks,
they can be considered “normal.” To be violent is to disregard the other
and philosophy must reject it.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">___________<br />
</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;"><a href="http://portuguese-american-journal.com/wp-content/uploads/2013/02/meme.jpg"><span style="text-decoration: none; text-underline: none;"><span style="mso-ignore: vglayout;"></span></span></a></span><span lang="EN-GB" style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: EN-GB;">(*)
<strong><span style="font-family: Arial;">Carolina Matos</span></strong>, is the
founder and editor of <em><b><span style="font-family: Arial;">Portuguese
American Journal</span></b></em> online. She was the Editor–in-Chief for <strong><i><span style="font-family: Arial;">The Portuguese American Journal</span></i></strong>,
in print, from 1985 to 1995. From 1995 to 2010, she was a consultant for Lisbon
based <strong><span style="font-family: Arial;">Luso-American Development
Foundation (FLAD)</span></strong>. She graduated with a <strong><span style="font-family: Arial;">Bachelor’s Degree in Liberal Arts</span></strong> and
a <strong><span style="font-family: Arial;">Master’s Degree in English and
Education</span></strong> from <strong><span style="font-family: Arial;">Brown
University</span></strong> and holds a <strong><span style="font-family: Arial;">Doctorate
in Education</span></strong> from <strong><span style="font-family: Arial;">Lesley
University</span></strong>. She is also an adjunct professor at <strong><span style="font-family: Arial;">Lesley University</span></strong> where she has
taught undergraduate and graduate courses. In 2004, Carolina Matos was honored
with the <strong><span style="font-family: Arial;">Comenda da Ordem do Infante D.
Henrique</span></strong>, presented by <strong><span style="font-family: Arial;">Jorge
Sampaio</span></strong>, President of Portugal.»</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://portuguese-american-journal.com/mendo-henriques-40-years-after-april-25th-the-revolution-still-goes-on-interview/"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Reproduzido daqui</span></b></a><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">. Apresento desculpas por não ter
tido tempo para traduzir a entrevista.</span></div>
<br />
<br /></div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-69431343534660408022014-04-17T15:30:00.000+01:002014-04-17T15:30:13.485+01:00Dvořák, Requiem op. 89<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="264" src="//www.youtube.com/embed/sct5aZZov_A?rel=0" width="470"></iframe><br /></div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-19484489442408630562014-01-07T13:39:00.000+00:002014-01-07T13:39:42.775+00:00Fernando Pessoa/ Bernardo Soares, Há dois dias que chove...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Há
dois dias que chove e que cai do céu cinzento e frio uma certa chuva, da cor
que tem, que aflige a alma. Há dois dias... Estou triste de sentir, e
reflicto-o à janela ao som da água que pinga e da chuva que cai. Tenho o
coração opresso e as recordações transformadas em angústias.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Sem
sono, nem razão para o ter, há em mim uma grande vontade de dormir. Outrora,
quando eu era criança e feliz, vivia numa casa do pátio ao lado a voz de um
papagaio verde a cores. Nunca, nos dias de chuva, se lhe entristecia o dizer, e
clamava, sem dúvida do abrigo, um qualquer sentimento constante, que pairava na
tristeza como um gramofone antecipado. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Pensei
neste papagaio porque estou triste, e a infância longínqua o lembra? Não,
pensei nele realmente, porque do pátio fronteiro de agora, uma voz de papagaio
grita arrevesadamente. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Tudo
se me confunde. Quando julgo que recordo, é outra coisa que penso; se vejo,
ignoro, e quando me distraio, nitidamente vejo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Viro
as costas à janela cinzenta, de vidros frios às mãos que lhes tocam. E levo
comigo, por um sortilégio da penumbra, de repente, o interior da casa antiga,
fora da qual, no pátio ao lado, o papagaio gritava; e os meus olhos
adormecem-se-me de toda a irreparabilidade de ter efectivamente vivido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">in
<em><span style="font-family: Arial;">Livro do Desassossego</span></em> </span></div>
</div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-40747670960900900082013-09-13T13:08:00.000+01:002013-09-13T13:08:00.880+01:00Chet Baker, I'm old fashioned<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Do álbum "It could happen to you"<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/Z4wRGqc-uaI?rel=0" width="420"></iframe><br /></div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-72995057755587544232013-08-23T14:31:00.000+01:002013-08-23T14:31:56.069+01:00A pedido das Escolas iPad, ou "Steve Jobs", da Holanda<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";}
</style>
<![endif]--><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Depois de, a 6 de Julho p.p., ter publicado aqui um artigo
sobre as <a href="http://restolhando.blogspot.com/2013/07/escolas-ipad-na-holanda-uma-reforma.html"><span style="color: blue;">Escolas iPad na Holanda</span></a>, tenho recebido correio assinado pelo Sr.
Maurice de Hond, o mentor deste projecto, que achou por bem informar-me do
desenrolar das actividades dos pais e alunos até à abertura das referidas
escolas, que se verificou a 21 de Agosto p.p. (e não a 13 de Agosto, como
constava do artigo mencionado).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Informou-me também que tinham elaborado um extenso e
pormenorizado comunicado de imprensa sobre o funcionamento das escolas “Steve
Jobs”, que me enviou, em neerlandês, inglês, castelhano e chinês (a mim
coube-me a versão castelhana, o que é compreensível), tendo-me solicitado que
desse conta aqui no blogue do endereço onde podem ser vistos cinco vídeos
(vimeo) sobre as actividades das crianças e das escolas, e que é este: <a href="http://www.educationforanewera.com/es">www.educationforanewera.com/es</a>
(também a versão castelhana, claro).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Satisfeito o pedido, não deixo, todavia, de reafirmar a
apreensão que manifestei na introdução à publicação de 6 de Julho.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">© Maria
Paias</span></div>
</div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-59810259955520556432013-08-20T12:58:00.000+01:002013-08-20T12:58:05.991+01:00Nina Simone, Balm in Gilead<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/HI3kbDL7MQs?rel=0" width="420"></iframe><br /></div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-36632226583641629762013-07-22T15:45:00.000+01:002013-07-22T15:45:38.623+01:00A alucinação já passou<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Mais uma vez, o povo suicidário (nós, segundo Unamuno) foi
impedido de tal acto porque a “mãe” (a razão) guardou e trancou muito bem os
venenos. Mas alguns suicidários estão furiosos porque só se sentem bem no mundo
da fantasia, dada a sua incapacidade para lidarem com as dificuldades do mundo
real. É certo que o Presidente da República (PR) atravessou uma fase de
alucinação ao ver uma impossibilidade, e que era a concretização de um
compromisso de médio prazo entre o PS, o PSD e o CDS-PP, de modo a salvaguardar
a estabilidade no país e para garantir que os compromissos decorrentes da
assistência financeira da troika seriam cumpridos, mesmo depois da data
prevista para a conclusão do resgate, Junho de 2014. Mas o PR esqueceu-se, também,
de que não vive num país civilizado, como aqueles a que se referiu na
comunicação de 21 de Julho e que, salvo erro, se encontram no centro e norte da
Europa. Aqui, no sul da Europa, creio que muitos políticos mais facilmente
dariam a vida pelos partidos do que pelos seus países, embora não se coíbam de
afirmar que são grandes patriotas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Recuperado da alucinação e recuperado o bom-senso que a
razão comanda, e tiradas as ilações da sua tentativa infeliz, o PR decidiu-se
pelo interesse do país, neste momento difícil, e isso é o que lhe compete. De
resto, espero que seja mais paciente do que eu para as gritarias e demagogias.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial;">© Maria Paias</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-24743322225271855412013-07-12T11:45:00.000+01:002013-07-14T11:43:03.496+01:00Na parvónia, nada de novo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Mas o que é que o Presidente da República (PR) não entende
da cassete do secretário-geral do Partido Socialista (PS) [se ouvir as cassetes
do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista também serve, porque o conteúdo é
parecido]? O homem não se cansa de dizer que quer eleições antecipadas já,
pouco se importando com a situação catastrófica em que o país se encontra, nem
com o facto de estarmos sob assistência financeira, cujo memorando o governo do seu
partido negociou e assinou com a troika em 2011. E é uma pessoa com esta
atitude que o PR quer agora trazer para um diálogo alargado com os outros
partidos que também se comprometeram com o conteúdo do <a href="http://restolhando.blogspot.pt/2011/05/poema-em-forma-de-memorando.html"><span style="color: #3366ff;">memorando</span></a>, o Partido
Social-Democrata (PSD) e o Centro Democrático e Social - Partido Popular (CDS-PP),
que actualmente formam a coligação que governa o país, e que, pelo menos, tem
cumprido esse mesmo memorando, ultrapassadas que estão sete avaliações, com os
correspondentes ajustamentos ao memorando inicial. E não era esse o principal
desiderato de qualquer governo? Ou, então, desconhecerá o PR a lógica interna
dos partidos políticos que temos, e pensa que pode facilmente demover António
José Seguro dos seus discursos demagógicos? Claro que não. A comunicação ao
país do PR, a 10 de Julho, foi mais uma amostra da idiossincrasia do povo
português, onde se denota o apego à pequenez, à vingançazinha, ao “cá se fazem,
cá se pagam”, à mesquinhez.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Não me é tão desgastante lidar com os estados de alma de
Paulo Portas, de que há muito conheço os sinais, nem com o seu carácter. Escrevi
aqui, a 2 de Junho de 2011 – “<a href="http://restolhando.blogspot.pt/2011/06/paulinho-afinal-o-que-e-que-o-menino.html"><span style="color: #3366ff;">Paulinho, afinal o que é que o menino quer?</span></a>” e, já sei, que ele quer sempre tudo. Mas o que
verdadeiramente me cansa são os que não sabem o que querem, ou aqueles para os
quais “quanto pior, melhor”. Dos superiores interesses do país não sabem, nem
querem saber.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">© Maria
Paias</span></div>
</div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-24490149490069216232013-07-06T09:50:00.000+01:002013-07-06T09:50:01.577+01:00Escolas iPad na Holanda, uma reforma radical<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdkqasPgyjWfE_D4brZqvOK4tqggZf4lzl2Ls1bM5gzmuFSyf15kPNFiTE88snQ2VV4eNO0zlQEAfm_Ljh1NWXo7-L-2F7BQeAxjdPNsuK7xnwzbeYBidaftFuZFRPQMql2-l3tLaPzss/s1600/iPads.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdkqasPgyjWfE_D4brZqvOK4tqggZf4lzl2Ls1bM5gzmuFSyf15kPNFiTE88snQ2VV4eNO0zlQEAfm_Ljh1NWXo7-L-2F7BQeAxjdPNsuK7xnwzbeYBidaftFuZFRPQMql2-l3tLaPzss/s200/iPads.jpeg" width="200" /></a></div>
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="article-intro" style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">Depois de ler este artigo fiquei a reflectir, tentando antever que tipo
de cidadãos terá a Holanda daqui a dez ou quinze anos, se a maioria das
crianças e jovens acederem a este modelo de “ensino”. Se hoje já se distanciam
tanto dos problemas que afectam os seus parceiros da União Europeia mais dados
a festas e romarias (de preferência, à borla), não será de admirar que, no
futuro, e por este caminho, se sintam mais confortáveis a lidar com robôs do
que com seres humanos. Mas como posso não estar a entender bem o alcance e as
repercussões desta “reforma”, traduzi o artigo e publico-o aqui quase na
totalidade, pois pode haver alguém que me indique o que tem de virtuoso.</span></strong></div>
<div class="article-intro" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="article-intro" style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">«</span></strong><strong><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Muitas
escolas usam iPads. Mas, e se toda a experiência educativa fosse oferecida via
tablet? Isso é o que algumas novas escolas na Holanda estão a planear fazer.
Não haverá o quadro negro nem programas escolares. Será o fim da sala de aula?</span></strong></div>
<div class="article-intro" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Pensem
diferente. Isto foi mais do que um anúncio publicitário. Foi um manifesto e,
com isso, o ex-presidente da Apple, Steve Jobs, revolucionou a indústria dos
computadores, da música e o mundo dos telemóveis. O plano seguinte do
visionário do digital era introduzir mudanças radicais nas escolas e nas
editoras de manuais escolares, mas morreu de cancro antes de o conseguir
executar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Algumas das ideias que talvez tenham ocorrido a Jobs, estão
agora a ser concretizadas na Holanda. Onze “Escolas Steve Jobs” abrirão em
Agosto, estando Amesterdão entre as cidades que acolherão esse tipo de escola.
Cerca de mil crianças, com idades entre os 4 e os 12 anos, irão a essas
escolas, sem cadernos, livros ou mochilas. Cada uma delas, contudo, terá o seu
próprio iPad. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Não
haverá quadros, giz ou salas de aula, salas de professores, aulas formais,
planos de aulas, carteiras, canetas, professores a ensinar à frente da turma,
horários, reuniões de pais com os professores, notas, toques para intervalo,
nem dias de escola e de férias previamente estabelecidos. Se uma criança
preferir jogar no seu iPad em vez de aprender, não haverá problema. E as
crianças escolherão o que desejam aprender com base no que lhes desperta
curiosidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">As
adaptações já estão a ser feitas em Breda, uma cidade perto de Roterdão, onde
uma das escolas ficará instalada. Gertjan Kleinpaste, o reitor de 53 anos de
idade, está consciente de que a sua escola iPad na Schorsmolenstraat poderá
tornar-se, em breve, destino para invejosos – e também para indignados –
reformistas da educação de todas as partes do mundo. (…)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">O
ano passado, ele era o reitor de uma escola que tinha três computadores, o que
achava frustrante. “Já não estava a acompanhar os tempos”, diz ele. Em breve
(13 de Agosto de 2013), Kleinpaste será um membro da era digital avançada. E
está convencido de que “o que estão a fazer parecerá normalíssimo em 2020”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">As
escolas Steve Jobs estarão abertas entre as 7:30 e as 18:30 de segunda a
sexta-feira. As crianças entrarão e sairão quando quiserem, desde que estejam
presentes no período principal, entre as 10:30 e as 15:00. As escolas
encerrarão apenas pelo Natal e Ano Novo. As famílias das crianças poderão ir de
férias quando lhes aprouver, e nenhuma criança terá de ficar preocupada se
faltar às aulas por causa disso, uma vez que já não existirão aulas no sentido
tradicional.</span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;"> </span><br />
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Só
em ocasiões excepcionais haverá um professor a orientar as aulas. Normalmente,
as crianças aprenderão através de uma aplicação do seu iPad – que poderão
partilhar através de uma espécie de livro escolar multimédia e interactivo –
sempre que o desejarem. </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">O
programa informático é mais paciente do que qualquer pessoa poderá ser e torna
a aprendizagem numa espécie de jogo, em parte com a ajuda de ruídos divertidos
e desenhos animados. Em cada exercício, a criança é corrigida do mesmo modo que
os jogadores o são num jogo de computador. Não têm que trabalhar os capítulos
das matérias sequencialmente nem na sua totalidade, como o faziam no passado. O
objectivo é capacitá-los a alcançar o nível seguinte do programa de
aprendizagem ao seu próprio ritmo. O papel dos professores é ajudá-los, não
como detentores de conhecimento mas como treinadores de aprendizagem (de
estudo). “A interacção entre a criança e o professor continua a ser a base da aula”,
afirma Kleinpaste.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Deste
modo, o dia de escola nunca acaba na realidade. Os alunos são incentivados a
continuar a trabalhar em casa nos seus iPads, nos fins-de-semana ou nas férias.
Mas, do mesmo modo que o programa dá liberdade e continuidade, também tem uma
componente de monitorização muito substancial. Os iPads mantêm os professores e
os pais constantemente informados sobre o que as crianças estão a fazer, o que
aprenderam e como estão a progredir. Se a aplicação de matemática não é
agradável nem conduz ao sucesso, o professor encomenda outra muito simplesmente.
O fornecimento de programas para a educação nunca se esgota na loja online da
Apple.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">A
aritmética, a capacidade de leitura e de compreensão de textos, são as matérias
principais nos primeiros anos de escola. Uma boa caligrafia tem sido
desclassificada para uma aptidão secundária, agradável para alunos diligentes
mas pouco relevante.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">De
seis em seis semanas, professores, crianças e pais decidem em conjunto qual a
meta a atingir no período seguinte de aprendizagem. Para isso, reúnem-se na
escola ou virtualmente via Skype. A era das reuniões de dez minutos entre
pai-professor uma vez por ano é uma coisa do passado nas escolas Steve Jobs.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">E
quando eles não estão a trabalhar nos iPads, insiste o futuro reitor, os
estudantes das escolas Steve Jobs farão uma vida perfeitamente normal.
Desenhar, construir coisas, brincar e actividade física fazem parte da vida
diária nas escolas. “Não é como se as crianças apenas passassem aqui o tempo
sentadas à frente de um ecrã”, promete Kleinpaste. (…)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">[© Maria
Paias - tradução e adaptação minha do artigo do <a href="http://www.spiegel.de/international/europe/new-ipad-schools-in-holland-hope-to-revolutionize-education-a-907936.html"><span style="color: red;">SPIEGELONLINE</span></a>]</span></div>
</div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-87899799053864568352013-06-21T18:10:00.000+01:002013-06-21T18:10:58.453+01:00Ordem dos Professores<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Nestas coisas dos “think tanks” para a reforma estrutural do
Estado vem-nos à cabeça cada ideia para um determinado sector público, que, ao
vermos a cara de espanto dos que nos rodeiam, ficamos na dúvida se nos saiu um
disparate completo ou algo em que ninguém tinha pensado e que, porventura, seja
uma ideia a considerar e a aprofundar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">A propósito da ainda excessiva concentração no Ministério da
Educação das decisões que respeitam a todos os níveis de ensino, e que fazem
dele aquele “monstro”, embora paulatinamente se tenha vindo a dar autonomia às
escolas para a resolução de alguns problemas, e foi nesse sentido que entendi a
afirmação de Nuno Crato de que seria necessário “implodi-lo”, fica aqui uma
sugestão que poderá contribuir para o emagrecimento do “monstro”. Das muitas
associações de professores, há uma que engloba os que são favoráveis à criação
de uma Ordem dos Professores, não sei se é apenas porque acham chique a
designação, ou se estão a pensar numa Ordem profissional a sério com tudo o que
ela implica, tal como as Ordens dos Advogados, dos Médicos, dos Engenheiros,
etc., que têm também como função acreditar os respectivos cursos, sem a qual
não se pode exercer a profissão que cada qual representa, além da obediência
aos estatutos internos. À partida, estas Ordens são maioritariamente
representativas de profissionais liberais e não de funcionários públicos, como
é o caso actual dos professores. Ora, se fosse constituída uma Ordem dos
Professores com a mesma finalidade das que referi, e simultaneamente fosse dada
muito mais autonomia às escolas, o Ministério da Educação poderia dedicar-se às
outras funções que já tem e desempenhá-las muito melhor, enquanto a educação
ficaria exclusivamente a cargo de profissionais inscritos na Ordem respectiva.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt;">Também ficaram com cara de espanto, ou estão a fazer contas
ao número de funcionários públicos que deixariam de ter esse estatuto sem
deixarem de exercer a sua profissão? Os professores/funcionários que querem a
sua Ordem, calculo que não estivessem a pensar em nada disto, pois já estou a
ouvir muito ranger de dentes. Mas, quando se defende uma ideia, há que analisar
todas as suas implicações.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial;">© Maria Paias</span></div>
</div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-194274284580420181.post-67668982348081514372013-06-13T12:04:00.000+01:002013-06-13T12:04:27.131+01:00Bernardo Sassetti, Nocturno<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/hWsrauBrWiY?rel=0" width="420"></iframe><br /></div>
Maria Josefa Paiashttp://www.blogger.com/profile/06769860405645322337noreply@blogger.com0