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sábado, 6 de julho de 2013

Escolas iPad na Holanda, uma reforma radical



Depois de ler este artigo fiquei a reflectir, tentando antever que tipo de cidadãos terá a Holanda daqui a dez ou quinze anos, se a maioria das crianças e jovens acederem a este modelo de “ensino”. Se hoje já se distanciam tanto dos problemas que afectam os seus parceiros da União Europeia mais dados a festas e romarias (de preferência, à borla), não será de admirar que, no futuro, e por este caminho, se sintam mais confortáveis a lidar com robôs do que com seres humanos. Mas como posso não estar a entender bem o alcance e as repercussões desta “reforma”, traduzi o artigo e publico-o aqui quase na totalidade, pois pode haver alguém que me indique o que tem de virtuoso.

«Muitas escolas usam iPads. Mas, e se toda a experiência educativa fosse oferecida via tablet? Isso é o que algumas novas escolas na Holanda estão a planear fazer. Não haverá o quadro negro nem programas escolares. Será o fim da sala de aula?

Pensem diferente. Isto foi mais do que um anúncio publicitário. Foi um manifesto e, com isso, o ex-presidente da Apple, Steve Jobs, revolucionou a indústria dos computadores, da música e o mundo dos telemóveis. O plano seguinte do visionário do digital era introduzir mudanças radicais nas escolas e nas editoras de manuais escolares, mas morreu de cancro antes de o conseguir executar.

Algumas das ideias que talvez tenham ocorrido a Jobs, estão agora a ser concretizadas na Holanda. Onze “Escolas Steve Jobs” abrirão em Agosto, estando Amesterdão entre as cidades que acolherão esse tipo de escola. Cerca de mil crianças, com idades entre os 4 e os 12 anos, irão a essas escolas, sem cadernos, livros ou mochilas. Cada uma delas, contudo, terá o seu próprio iPad. 

Não haverá quadros, giz ou salas de aula, salas de professores, aulas formais, planos de aulas, carteiras, canetas, professores a ensinar à frente da turma, horários, reuniões de pais com os professores, notas, toques para intervalo, nem dias de escola e de férias previamente estabelecidos. Se uma criança preferir jogar no seu iPad em vez de aprender, não haverá problema. E as crianças escolherão o que desejam aprender com base no que lhes desperta curiosidade.

As adaptações já estão a ser feitas em Breda, uma cidade perto de Roterdão, onde uma das escolas ficará instalada. Gertjan Kleinpaste, o reitor de 53 anos de idade, está consciente de que a sua escola iPad na Schorsmolenstraat poderá tornar-se, em breve, destino para invejosos – e também para indignados – reformistas da educação de todas as partes do mundo. (…)

O ano passado, ele era o reitor de uma escola que tinha três computadores, o que achava frustrante. “Já não estava a acompanhar os tempos”, diz ele. Em breve (13 de Agosto de 2013), Kleinpaste será um membro da era digital avançada. E está convencido de que “o que estão a fazer parecerá normalíssimo em 2020”.

As escolas Steve Jobs estarão abertas entre as 7:30 e as 18:30 de segunda a sexta-feira. As crianças entrarão e sairão quando quiserem, desde que estejam presentes no período principal, entre as 10:30 e as 15:00. As escolas encerrarão apenas pelo Natal e Ano Novo. As famílias das crianças poderão ir de férias quando lhes aprouver, e nenhuma criança terá de ficar preocupada se faltar às aulas por causa disso, uma vez que já não existirão aulas no sentido tradicional.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Steve Jobs (1955 - 2011)

De Steve Jobs, como em relação a muitas outras pessoas que deixaram a sua marca impressiva no nosso mundo e nas nossas vidas, interessa-me particularmente a pessoa que foi, o seu exemplo, os obstáculos que encontrou, alguns ainda antes de nascer, e o modo como os enfrentou e ultrapassou, mais do que o legado que nos deixa, fruto da sua inteligência e do seu trabalho, embora esteja ciente de que sem o resultado do seu trabalho ninguém conheceria Steve Jobs, nem a história da sua vida, e muito menos lhe daria importância. E é precisamente porque, muitas vezes, histórias de vida semelhantes às dele, nos mostram pessoas sem presente nem futuro, sem qualquer interesse ou vontade de lutar seja pelo que for, porque completamente esmagadas e traumatizadas pelo seu passado, que a sua história, o seu percurso, podem ser considerados exemplares.

Para quem puder dispor de 14 minutos, deixo um vídeo em que Steve Jobs conta três histórias da sua vida a estudantes da Universidade de Stanford, EUA, em 2005.