Ele nasceu num estábulo porque recusaram casa e cama à sua família. Cresceu, carpinteirando com seu pai, na maior simplicidade. Nada escreveu, falava pouco e por parábolas.
Por que é que transformámos a Sua simplicidade numa ostentação que magoa a quem, como Ele, pouco tem?
Por que é que transformámos a Sua frugalidade em gula?
Por que é que esquecemos o essencial e privilegiamos o acessório?
Por que é que ficam sozinhos, com Ele e como Ele, os que não alinham com a maioria, com o rebanho que nada questiona e se limita a ir na onda, enchendo-se de futilidades?
Por que é que têm que se reunir pessoas da mesma família, que se maltratam ou ignoram durante o ano, para uma refeição que tem um simbolismo que desconhecem?
Por que é que nos esquecemos do Aniversariante?