Luís Amado está muito empenhado em que Portugal seja um dos países a receber ex-prisioneiros de Guantánamo, havendo mais dois ou três países da União Europeia que já se mostraram disponíveis para esse efeito.
Se bem compreendo a situação, os futuros ex-prisioneiros de Guantánamo serão homens em relação aos quais nenhum crime foi provado e, por isso, ficarão completamente livres para decidirem o seu destino. Serão eles que deverão escolher os países para onde desejam ir, ao abrigo das leis de asilo ou de imigração desses mesmos países, e seguindo os trâmites legais respectivos, tudo isto no caso de não ser possível, ou de não quererem, voltar para os seus países de origem.
Mesmo que se tenha de criar um regime especial para o acolhimento e inserção social desses homens, dadas as circunstâncias e o estigma que viveram todos estes anos, deverá ser sempre deles a escolha dos países para onde desejam ir e não ao contrário.