sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Agradeço, VGM, mas voltemos aos livros


Muito obrigada, Vasco Graça Moura, por manter a sua coerência face ao estúpido acordo ortográfico mas, agora, que já teve oportunidade de explicar, mais uma vez, as inconsistências do mesmo, gostaria que voltasse ao que faz melhor e como mais ninguém, mantendo a norma da língua portuguesa, e deixasse esse cargo no CCB, de que não precisa para nada. Neste momento o nosso país necessita de se concentrar e trabalhar para sair do buraco em que está, e não em dispersar-se com este ou outros assuntos que são de somenos face à gravidade da situação. E como eu gostaria de não voltar a ouvir burrices, não só sobre o acordo ortográfico, mas, também, sobre a sua pessoa enquanto escritor e tradutor!!!

5 comentários:

vbm disse...

Fez muito bem em abolir o AO no Centro Cultural. O AO só é de obrigatória aplicação dentro de dois anos, salvo erro; e até lá, o que é mais perfeito é não aplicá-lo. E essa é uma liberdade da direcção do CCB. Gosto de atitudes desassombradas. E pode dar-se que com o número suficiente deputados-subscritores ou, um número maior de subscritores-cidadãos, o AO nem passe a vigorar no futuro: - é o que a língua portuguesa mais merece. Pessoalmente, descobri o gosto de ler livros em espanhol e não aguento a desagradável escrita ortográfica sem as consoantes mudas que me ensinam as palavras e me aproximam das línguas irmãs do inglês, francês, espanhol e italiano. Absurda a ortografia ignorantemente aprovada pelo governo anterior.

Maria Josefa Paias disse...

Se não me falha a memória, sou a subscritora 7000 do Manifesto da Língua Portuguesa, de 2008, de que Vasco Graça Moura é o n.º 1, e cujo endereço consta da barra lateral dos meus blogues (Ortografia), e que recolheu quase 200.000 assinaturas, tendo sido entregue na Assembleia da República. Posteriormente surgiu uma ILC (Iniciativa Legislativa de Cidadãos) que ainda está a recolher assinaturas no endereço http://ilcao.cedilha.net/?page_id=832 . Portanto, neste aspecto, não temos parado, apesar de ainda não termos conseguido o objectivo e que é a revogação deste acordo. De qualquer modo, e como consta dos textos e comentários que escrevi sobre o acordo ortográfico, por mim não me importo se for a única pessoa a continuar a escrever segundo a norma pré-acordo. Esta posição creio que me autoriza a tecer as considerações que expressei neste texto.

vbm disse...

Sim. Mas continuo a achar que o Graça Moura fez muito bem em retirar o Centro Cultural de Belém da aplicação imediata do (Pseudo)Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Oxalá consigamos aboli-lo.

Abraço,
Vasco

Maria Josefa Paias disse...

De Vasco Graça Moura, não poderíamos esperar outra atitude, por coerência. Mas como o Primeiro-Ministro Passos Coelho afirmou na Assembleia da República, no último debate quinzenal, que ia cumprir esse diploma e, por certo, também não quererá deixar de ser coerente com esta posição, previ aqui, Vasco, um choque entre as duas entidades sobre este assunto que, por mim, dispensava nesta altura, não deixando, contudo, de lutar através dos instrumentos legais que referi no comentário anterior, para a sua revogação.

Abraço.

Mar Arável disse...

Pela primeira vez na vida

estou de acordo com o Vasco Graça
Moura