O Fundo Monetário Internacional (FMI) baixou hoje de 0,5% para 0,3% a perspectiva de crescimento da economia portuguesa em 2010 e previu um aumento no desemprego para 11%.
O Governo mantém a previsão de crescimento nos 0,7% e o Banco de Portugal aponta para os 0,4%.
Algumas Agências de Rating continuam a baixar a classificação atribuída à República Portuguesa, o que implica a subida nas taxas de juro dos empréstimos contraídos no exterior.
Ontem em Setúbal, o Presidente da República disse aos jornalistas, na sequência do que uns economistas tolinhos do MIT tinham previsto para a economia portuguesa, que nem lhe passava pela cabeça que Portugal chegasse a uma situação de bancarrota, e que tudo seria feito para que tal não acontecesse.
Como não sei se o Presidente disse o que disse porque era o que lhe competia dizer dadas as funções que exerce ou se foi apenas por uma questão de fé ou de esperança, talvez eu tenha que fazer um esforço para esquecer o que penso e que escrevi sobre o PEC, a crise grega, o desemprego e outras coisas miúdas mas fundamentais, porque a última coisa que quero nestas matérias é ter razão. Eu, que nem sou economista! Por isso, se do que o País necessita para melhorar o seu desempenho no campo da economia é que os portugueses contribuam também com pensamento positivo, mesmo que a realidade se apresente negativa, comecei já a fazer exercícios de mentalização nesse sentido e, se for necessário, chegarei à meditação transcendental.
(na imagem: Nebulosa do Anel)
8 comentários:
"Governar-se a si próprio é o maior dos poderes" («Sed imperare maximum imperium est»), diziam os antigos Romanos, Séneca, talvez.
É uma degradação deplorável cairmos nas mãos de vontade alheia e tudo por inépcia e imprudência.
Os alemães dos anos 50, vencidos na guerra e envergonhados pelo desvario e desnorte do social-nazismo, colectivamente empenharam-se em redimirem pelo trabalho e pelo trabalho reconstituirem-se como povo.
O sucesso tem um segredo, além do trabalho. Ele é, o povo estar seguro que não é enganado nem roubado pelos seus dirigentes, nem por esta ou aquela corporação ou classe social.
Olá Josefa
Eu também ajudo com energia positiva, e meto o pensamento negativo lá no quarto escuro :)
Aliás, não é só para a economia que precisamos de ter pensamento positivo, é em tudo. Optimismo de olhos abertos, que a cegueira prejudica! Confesso que por vezes, e neste país, é difícil!
Beijinhos
Olá Josefa,
Parece que é a única hipótese, mesmo que o positivismo não tenha nenhuma fundamentação!?...
Beijinho,
Manuela
Olá Josefa,
Eu também quero entrar nesta onda positiva. Sei que a pressão exterior vai dar o empurrão necessário à nossa entrada nos carris.
Que esta onda cresça para que, conscientemente, possamos dar o sinal que os mercados aguardam.
um abraço,
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vbm (Vasco),
Como no seu comentário tocou no ponto-chave da questão, eu limito-me a lembrar a notícia que a generalidade dos órgãos de comunicação social escolhe no 1.º ou 2.º dia da cada novo ano - o calendário, onde reportam o número de feriados que o novo ano tem, em que dias se verificam e os que permitem "pontes", bem como o número de dias que os portugueses irão passar sem ter de trabalhar. Quando isto é uma das notícias com maior destaque, não será difícil avaliar o tipo de valores que rege esta nossa sociedade, alérgica ao trabalho, ao estudo, à formação, etc., e que muito possivelmente crê que o desenvolvimento do País até pode ser conseguido só com preces e que nada tem a ver com o esforço e empenhamento de cada um, incluindo dos governantes.
Obrigada e um abraço.
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Olá Manuela Araújo,
A cegueira prejudica, e muito! Veja só o resultado!
Beijinho:))
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Olá Manuela Freitas,
De facto não vejo qualquer fundamento para optimismos com a situação actual do nosso País, daí o meu texto um tanto irónico, pois se não se tem seguido até agora a via do trabalho competente é porque, talvez, as pessoas pensem que se resolvem os problemas só com o "poder da mente".
Beijinho:))
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Olá Paulo,
Falou e muito bem da pressão exterior que, eventualmente, conseguirá colocar-nos nos carris. E a questão é essa! A necessidade dessa pressão exterior para corrigirmos erros de gestão, quando seria mais inteligente e menos doloroso mantermo-nos nos carris quando, no passado, o conseguimos. Mas facilmente descarrilamos porque as políticas adoptadas têm sido para o curto prazo, sem planeamento para o médio e longo prazo, sem objectivos bem definidos e, claro, sem um apelo ao valor do trabalho duro e empenhado e recompensado em conformidade.
Um abraço.
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