Neste dia trágico, não só para o Presidente da Polónia, Lech Kaczynski, e a sua esposa, mas também para vários elementos do Governo e chefes militares, Governo de que o seu irmão gémeo, Jaroslaw Kaczynski, foi Primeiro-Ministro até há algum tempo atrás, estando agora na oposição, bem como para o Governador do Banco Central da Polónia, que pereceram num acidente de aviação já bem perto da localidade russa onde iriam prestar homenagem aos milhares de polacos mortos pelos soviéticos na segunda guerra mundial, o que só agora lhes tinha sido facultado pelo Presidente da Rússia, e a que corresponderia um desanuviar das relações entre os dois países, eu quero prestar-lhe homenagem através de uma situação completamente distinta.
É mais fácil recordarmo-nos das questões caricatas entre os dois irmãos gémeos, Lech e Jaroslaw, principalmente se tinham implicações na política externa, designadamente na União Europeia, e quem não se lembrará do desacordo entre ambos quanto à assinatura do Tratado de Lisboa. De facto, essa atitude de bater o pé, de protelar a assinatura enquanto não fossem esclarecidos alguns pormenores do tratado, por mais enervante que nos tenham parecido na altura, levaram a que, também em Portugal, o debate sobre o conteúdo do Tratado de Lisboa tivesse prosseguido durante mais tempo e com mais detalhe, com benefício para o esclarecimento público. Por isso aqui fica, sem ressentimentos, a minha homenagem, e a demonstração do meu pesar aos familiares, amigos e a todo o povo polaco.
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