quarta-feira, 22 de julho de 2009

Debates sobre o presente e o futuro de Portugal

Andamos quase todos, em foruns, ou em associações cívicas, ou em seminários, ou em blogues, ou de nós para nós, a pensar o futuro de Portugal, que também é o dos portugueses e de quem cá vive. Por isso fui ver o sítio www.cidadaosdebatempolitica.net/, criado no passado dia 15 de Julho e, de entre os signatários, destaco Viriato Soromenho Marques. Descarreguei o documento que elaboraram, em pdf com 31 páginas, para o ler com mais atenção posteriormente, e a que deram o título "O nosso presente e o nosso futuro: algumas questões prementes, contributo para um debate político".
Após a primeira leitura fiquei com a sensação de que o documento repete à exaustão o diagnóstico que está mais do que feito e que todos os dias vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar, como diz a canção. Ou seja, fica-se pelo presente e, por vezes, pelo passado. É certo que o debate está aberto a todos os cidadãos que acedam ao sítio e que queiram deixar as suas reflexões sobre o tema, mas, por alguns comentários que alguns cidadãos lá deixaram, parece-me que o registo poderá vir a ser muito semelhante ao que se verifica nos debates radiofónicos abertos aos ouvintes, que em muito pouco contribuem para melhorar seja o que for, muito menos um país. De qualquer modo vale a pena segui-lo e esperar que eu esteja errada.

3 comentários:

Joana Lopes disse...

Cá cheguei. Neste caso, os «ouvintes» nem chegaram a ligar (ou muito poucos o fizeram, tanto quanto vi no site) e julgo que o programa terá sido interrompido por motivos imprevistos...

Maria Josefa Paias disse...

Muito obrigada Joana Lopes pela sua atenção e desculpe-me por não ter indicado, pelo menos, a data do meu texto. Agora, para chegar a ele, fui até aos Temas, de tal modo me tinha esquecido quando o tinha escrito ao certo.
Mas tenho que fazer outra "mea culpa"; é que fazendo parte da chamada "sociedade civil" e tendo-me proposto acompanhar o site, não mais lá voltei por esquecimento.
Agora coloco-me a questão se "os motivos imprevistos" para a sua interrupção não terão sido por falta de contributos inteligentes para o debate que os signatários esperavam.
Mais uma vez obrigada e cumprimentos.

vbm disse...

Josefa,

Há uma atitude semi-religiosa, de esperança, e voluntarismo salvífico que me choca entre os ecologistas. Excluo o Soromenho-Marques e todos os que, conscientes e conhecedores, não seguem o proselitismo exaltado dos ecologistas medíocres. Para estes a minha censura: - a de parecerem ignorar que vivemos num planeta que não é nenhum jardim, mas sim toda uma natureza rebelde na sua explosiva selvajaria, que tudo pode acabar mais cedo do que mais tarde e isso mesmo que cessasse de imediato toda a emissão de dióxido de carbono. Claro que as nações, os estados e as populações devem consciencializar-se e procurar conter a poluição que a humanidade está a causar ao planeta. Mas se com isso se imagina que se está a subscrever uma apólice de longa vida terrestre é destituir de importãncia o facto básico de que o planeta é selvagem e ignoramos muitissima coisa acerca do que interfere favoravel ou desfavoravelmente na sustentabilidade da biosfera e da vida nos oceanos. E isso é cegueira.