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Então por que é que a tendência do "sim", que se verificava há um ano, se transformou num "não" para 60% do islandeses questionados agora? É que tiveram oportunidade de ver o modo como a UE lidou com a crise global, em particular a zona euro, tendo a própria crise grega feito com que os islandeses começassem a duvidar da sua fé no euro. Fé essa completamente perdida quando a Grã-Bretanha e a Holanda exigiram aos contribuintes islandeses que indemnizassem os cidadãos britânicos e holandeses afectados pelo naufrágio da Banca islandesa Icesave, o que recusaram através de referendo por 93,3%. E é também este episódio que está na origem do actual "desamor" entre a Islândia e a UE.
Por outro lado, a Islândia tem, neste momento, um governo de coligação entre social-democratas e verdes, sendo os primeiros favoráveis à adesão e os segundos nem por isso. Assim, a maioria no Parlamento está de acordo com a continuação das negociações mas não sobre a adesão, o que torna a posição da primeira-ministra social-democrata Johanna Sigurdardottir, muito delicada.
Na foto: Johanna Sigurdardottir
Fonte: RFI
2 comentários:
Olá Josefa,
Este caso da Islândia de facto é sintomático do desencanto que muitos sentem relativamente à UE. Eu nunca fui europeísta, o meu cepticismo, fez-me logo ver os contras e muito mais quando em pouco tempo a nível profissional, foi atingida pela adesão de Portugal. Mas claro isto é um caso pessoal, sem grande importância para o todo.
Será que os prós justificam os contras? Será que tinha que ser? Com certeza que a crise mundial abalou a EU!
Como a Josefa titulou, sobre a UE, eu também tenho andado no, NÃO! SIM!, TALVEZ...Não seguindo a mesma ordem das palavras.
Beijinhos,
Manuela
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Olá Manuela,
Desde sempre, a minha posição face à Europa foi e é a mesma, "no matter what": SIM! E de vez em quando até a trato por "querida Europa" :))
Beijinho e bom fim-de-semana.
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