A odisseia do cargueiro Maltês com tripulação russa, o Arctic Sea, que navegará por esses mares e oceanos sem ninguém saber por onde, e que devia ter descarregado a madeira que transporta nos primeiros dias de Agosto na Argélia, foi ontem notícia por, supostamente, estar a cerca de 500 milhas de Cabo Verde (muito a sul da Argélia), o que o primeiro-ministro russo Putin já desmentiu e diz que vai enviar submarinos e outros meios marítimos para o encontrar (fonte: RFI), coloca-me a questão da utilidade dos satélites de informações, quer civis, militares ou espiões.
Se, desde os mísseis russos colocados em Cuba, na presidência de John Kennedy, aos campos de treino militar um pouco por todo o lado, às instalações militares e nucleares no Iraque e no Irão, na presidência de George W. Bush, todos foram "vistos" por satélites e originaram os conflitos que conhecemos para o seu desmantelamento; e se agora já temos as nossas cidades esquadrinhadas, rua a rua, casa a casa, como o mostra o Google, onde é possível ver, quase em directo, a ocorrência de assaltos, roubos, raptos e outros incidentes, não se consegue localizar um cargueiro? Os satélites "cegaram" só para o que acontece no mar? Como por vezes dizemos: esta história está muito mal contada.
Cargueiro Arctic Sea - foto da Reuters
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