Tenho o álbum a que pertence este tema, o "Harvest", ainda em vinil e também no formato cd.
A par do Dylan, o Bob, ao nível deste vasto quadrante de expressão musical norte-americana, o poeta de que eu mais gosto. Tem uma lírica muito bonita e profunda, do ponto de vista da alma humana.
Musicalmente, gosto de qualquer das fases em que se constitui a sua obra que é vasta. Mesmo o período mais heavy em que teve o suporte dos "Crazy Horse", manteve a beleza das palavras e a elegância melodiosa dos sons. Felizmente, ao vivo está registado em filme, no épico -é mesma esta palavra que queria usar- Live Rust, se a memória me não engana, cuja autoria não sou capaz de lembrar.
Este LP, o "Harvest", é uma pequena delícia, não há uma única faixa que não nos faça sentir a beleza no coração. Mas ele fez vários outros de igual calibre. "Comes A Time", anos mais tarde, é um deles.
Memórias de uma adolescência e juventude inquieta e vadia. Fontes de energias e referências para uma vida adulta serena e feliz. Boa malha.
Também tenho o excelente álbum Harvest, mas apenas em vinil. Como diz, todas as músicas, por uma razão ou por outra, são fabulosas.
A 21 de Dezembro publiquei aqui o vídeo da canção Heart of Gold, desse álbum e, tal como esta, também tem o sabor da harmónica de que tanto gosto, embora mostre um Neil Young mais amadurecido.
Ele fez parte do grupo Crosby, Stills, Nash & Young, de que também gosto imenso, com algumas canções muito "melodiosas" (do género Simon $ Garfunkel, talvez), e não sei se se estaria a referir a eles quando disse "Crazy Horse".
O filme não conheço, mas vou pesquisar para ver se o detecto.
Numa pesquisa rápida pude ver que o Live Rust foi feito por Neil Young & Crazy Horse, em 1978, pelo que a memória do Rudolfo não se enganou quanto a esta última banda.
Não, não, estava mesmo a referir-me aos “Crazy Horse” com quem ele tocou durante alguns anos e que ficaram registados nesse tal duplo álbum ao vivo de que resultou o filme.; trata-se de uma banda de rock’roll puro e duro, hard rock, como então se dizia.
A participação com David Crosby, Steve Stills e Graham Nash deu dois álbuns que conheço e possuo –mas só em vinil- o “Dejá Vu” e o “Four Away Street “, este último ao vivo, ambos verdadeiras pérolas, o primeiro pela suavidade e beleza das harmonias vocais e instrumentais e o segundo pela incrível energia que conseguiam transmitir em palco com as sonoridades eléctricas que produziam. Creio que muito mais tarde –já na idade da veterania- os quatro voltaram a gravar junto mas desconheço o resultado. Seja como for, aquela parceria foi brilhante e temas como o “Helpless” do Young –poema maravilhoso- ou o “Carrie On” do Stills, o que dá o nome ao álbum de David Crosby e ainda o “Hour House” do britânico Nash, são hinos que aqui, neste cantinho do mundo, onde então as coisas chegavam sempre atrasadas, marcaram as pessoas que nesses tempos frequentaram o Liceu. Uma maravilha…
Já Paul Simon foi o Autor da lírica que regista as palavras de um profeta nas paredes do metropolitano –subway, as they say. Musicalmente acho que se enquadra noutra área, ainda que –o tema “Baby Driver” é um exemplo disso- tenha composições de pendor rock e até dentro dos parâmetros da pop, mas no duete que a Josefa alude, construiu em conjunto com Arth Garfunkel uma obra ímpar, para meu gosto pessoal, exemplar único no património da música ligeira mundial. Álbuns como o “Bookends” ou o útlimo, em que inscreveram peças tão linda como “Bridge Over Troubled Waters” ou “The Only Living Boy In New York”, são compilações que serão escutadas no futuro distante com a mesma sensação de júbilo com que o fazemos hoje com os cânticos religiosos medievais ou o canto lírico do século dezanove. Quanto às letras estamos perante um filho da classe média alta culta de Nova Iorque e nessa condição temos as palavras muitas vezes eruditas de construções poéticas estilisticamente elaboradas, com o toque de uma sensibilidade genial e capaz de expressar o belo na harmonia das sílabas e na profundidade das ideias, das imagens, dos retratos que em alguns casos são verdadeiras pinturas. Lindo, lindo, lindo. Tantos uns como os outros são, para mim, verdadeiras referências estéticas e, em certa medida, ideológicas, mas tenho-as por tradições diferentes e agrupo-as de maneira igualmente diversa.
Se me permite e rogo para que não leve a mal o que vou dizer, não o tome por presunção da minha parte, mas se não tem presente, ou não conhece mesmo, aquele segundo tema que referi da dupla Simon and Garfunkel, experimente procurá-lo no Youtube e ouça-o com atenção. Vai ver que se fechar os olhos tem a sensação de estar no ambiente fílmico de uma grande cidade e, se escutar ainda com mais atenção, nem falta a melancolia dos céus pardos e levrinhantes, como só o piano de Jonh Cage igualmente sempre me transmitiu. É verdadeiramente fantástico, acredite.
Mas lá está, fiquemos agora com o Neil e a magia que nos transmite à alma que nos leva um sorriso ao rosto. É, também, uma maravilha.
Não sei se o filme estará disponível no formato dvd. É verdadeiramente bom. Dá-nos apenas as imagens do concerto, tanto quanto sou capaz de me recordar, amplamente centrado no palco e no(s) músico(s), pois há momentos em que o Neil aparece só e tão só com guitarra acústica e a harmónica. Com uma estéctica de luz singularíssima, uma espécie de baço de fumarada, dá também o trabalho dos roadies que ali aparacem no amomimato de monges saídos de um filme de George Luckas. Vale francamente a pena e o concerto é simplesmente espectacular, com tudo no ponto certo. Estou certo que lhe agradaria.
Fiquei completamente esmagada com os seus conhecimentos nesta área; eu que me limito a fruir da música sem preocupações com datas e eventos históricos, fiquei mais rica com os dados que forneceu e que muito agradeço.
Ainda sobre Simon & Garfunkel, deparei recentemente com um vídeo em que a canção The Sound of Silence é cantada por um grupo de "canto gregoriano", isto porque se referiu ao impacto que as suas músicas hão-de ter no futuro e a comparação que faz com o júbilo com que ouve alguns cânticos religiosos medievais.
Como tenho também o álbum "Bridge over troubled water", lá está a canção The only living boy in New York, uma maravilha!
Não cheguemos a tanto, Josefa, os meus conhecimentos são banais e meramente regulares para quem ouve música desde que tem memória e, sendo o mais novinho de uma ampla fratria, desde sempre contactou com este universo musical de expressão anglo-saxónica. Depois, o que sei nem é assim tanto e isto sem a tal falsa modéstia que sempre raia a vaidade. Limito-me ao registo de pequenas notas e há ainda o interesse pessoal que derivou destas matérias e que as extravasa, em todo o caso, responsável pela maior atenção que possa ter dado a algumas das referências de que falámos.
Não conheço a versão que indica a respeito do "Sound Of Silence" -"Hello darkness my old friend, I come to talk to you again..." Não é isto um mergulho no mais profundo da alma?- mas não me admira mesmo nada que assim seja e não é só pelo que a letra nos convida a reflectir que, só por si, abre a porta à concepção desse enquadramento. Acontece que eles cantam um tema mesmo no padrão do cântico religioso; infelizmente não me recordo o nome do mesmo e o álbum em que possa estar incerto. Além desse, têm aqueles sons que navegam um tanto pelo folclore das ilhas britânicas, em "Scarborough Fair" -espero não estar a escrever mal. Ora foi por isso que dei aquele termo de comparação com os cânticos religiosos medievais que não têm que ser necessairamente apenas de tradição cristã. Por acaso desconheço pormenores biográficos -lá está, o conhecimento a respeito destes criadores é mesmo superficial- e não sei se tanto um como o outro são cristãos e o sendo se tiveram educação religiosa, a esse nível, com a inerente frequência dos respectivos centros de culto, mas desde sempre achei que as baladas maravilhosas que compunham e cantavam tinham um dado cunho de cântico religioso e que eles tinham precisamente saído para a música a partir dos meninos que cantam e tocam nos coros dessas igrejas -isto no pressusposto de a sua cristandade ser católica romana, claro, coisa que, repito-o, de facto, não sei. Daí também o não me admirar que alguém se tenha lembrado de interpretar o "Sound of Silence" no género de um cântico gregoriano. Em qualquer dos casos estamos perante sublimes manifestações da espiritualidade que sempre é para que nos remetem a maioria das letras de Paul Simon, mesmo aquelas em que fala dos pobres rapazes que buscam conforto na marginalidade que se vende pelos becos esconsos da septuagésima avenida.
Mas permita-me que lhe peça um favor. Se está disponível no youtube, indique-me a morada onde poderei escutar essa versão gregoriana. Desde já lhe agradeço a gentilza.
Não a empato mais.
Um resto de um bom dia, muita paz e saúde para si, Josefa
Acabei de lhe enviar por mail a ligação para uma dessas versões, porque me foi mais cómodo a partir de lá e porque também basta um clique para a aceder.
9 comentários:
Tenho o álbum a que pertence este tema, o "Harvest", ainda em vinil e também no formato cd.
A par do Dylan, o Bob, ao nível deste vasto quadrante de expressão musical norte-americana, o poeta de que eu mais gosto. Tem uma lírica muito bonita e profunda, do ponto de vista da alma humana.
Musicalmente, gosto de qualquer das fases em que se constitui a sua obra que é vasta. Mesmo o período mais heavy em que teve o suporte dos "Crazy Horse", manteve a beleza das palavras e a elegância melodiosa dos sons.
Felizmente, ao vivo está registado em filme, no épico -é mesma esta palavra que queria usar- Live Rust, se a memória me não engana, cuja autoria não sou capaz de lembrar.
Este LP, o "Harvest", é uma pequena delícia, não há uma única faixa que não nos faça sentir a beleza no coração. Mas ele fez vários outros de igual calibre. "Comes A Time", anos mais tarde, é um deles.
Memórias de uma adolescência e juventude inquieta e vadia. Fontes de energias e referências para uma vida adulta serena e feliz. Boa malha.
Boa semana de trabalho, em paz e com saúde
Rudolfo Wolf
.
Rudolfo,
Também tenho o excelente álbum Harvest, mas apenas em vinil. Como diz, todas as músicas, por uma razão ou por outra, são fabulosas.
A 21 de Dezembro publiquei aqui o vídeo da canção Heart of Gold, desse álbum e, tal como esta, também tem o sabor da harmónica de que tanto gosto, embora mostre um Neil Young mais amadurecido.
Ele fez parte do grupo Crosby, Stills, Nash & Young, de que também gosto imenso, com algumas canções muito "melodiosas" (do género Simon $ Garfunkel, talvez), e não sei se se estaria a referir a eles quando disse "Crazy Horse".
O filme não conheço, mas vou pesquisar para ver se o detecto.
Muito obrigada e paz e saúde para si também.
.
Rudolfo,
Numa pesquisa rápida pude ver que o Live Rust foi feito por Neil Young & Crazy Horse, em 1978, pelo que a memória do Rudolfo não se enganou quanto a esta última banda.
Obrigada e tudo de bom para si.
Olá Josefa, boa tarde
Não, não, estava mesmo a referir-me aos “Crazy Horse” com quem ele tocou durante alguns anos e que ficaram registados nesse tal duplo álbum ao vivo de que resultou o filme.; trata-se de uma banda de rock’roll puro e duro, hard rock, como então se dizia.
A participação com David Crosby, Steve Stills e Graham Nash deu dois álbuns que conheço e possuo –mas só em vinil- o “Dejá Vu” e o “Four Away Street “, este último ao vivo, ambos verdadeiras pérolas, o primeiro pela suavidade e beleza das harmonias vocais e instrumentais e o segundo pela incrível energia que conseguiam transmitir em palco com as sonoridades eléctricas que produziam. Creio que muito mais tarde –já na idade da veterania- os quatro voltaram a gravar junto mas desconheço o resultado. Seja como for, aquela parceria foi brilhante e temas como o “Helpless” do Young –poema maravilhoso- ou o “Carrie On” do Stills, o que dá o nome ao álbum de David Crosby e ainda o “Hour House” do britânico Nash, são hinos que aqui, neste cantinho do mundo, onde então as coisas chegavam sempre atrasadas, marcaram as pessoas que nesses tempos frequentaram o Liceu. Uma maravilha…
Já Paul Simon foi o Autor da lírica que regista as palavras de um profeta nas paredes do metropolitano –subway, as they say. Musicalmente acho que se enquadra noutra área, ainda que –o tema “Baby Driver” é um exemplo disso- tenha composições de pendor rock e até dentro dos parâmetros da pop, mas no duete que a Josefa alude, construiu em conjunto com Arth Garfunkel uma obra ímpar, para meu gosto pessoal, exemplar único no património da música ligeira mundial. Álbuns como o “Bookends” ou o útlimo, em que inscreveram peças tão linda como “Bridge Over Troubled Waters” ou “The Only Living Boy In New York”, são compilações que serão escutadas no futuro distante com a mesma sensação de júbilo com que o fazemos hoje com os cânticos religiosos medievais ou o canto lírico do século dezanove. Quanto às letras estamos perante um filho da classe média alta culta de Nova Iorque e nessa condição temos as palavras muitas vezes eruditas de construções poéticas estilisticamente elaboradas, com o toque de uma sensibilidade genial e capaz de expressar o belo na harmonia das sílabas e na profundidade das ideias, das imagens, dos retratos que em alguns casos são verdadeiras pinturas. Lindo, lindo, lindo.
Tantos uns como os outros são, para mim, verdadeiras referências estéticas e, em certa medida, ideológicas, mas tenho-as por tradições diferentes e agrupo-as de maneira igualmente diversa.
Se me permite e rogo para que não leve a mal o que vou dizer, não o tome por presunção da minha parte, mas se não tem presente, ou não conhece mesmo, aquele segundo tema que referi da dupla Simon and Garfunkel, experimente procurá-lo no Youtube e ouça-o com atenção. Vai ver que se fechar os olhos tem a sensação de estar no ambiente fílmico de uma grande cidade e, se escutar ainda com mais atenção, nem falta a melancolia dos céus pardos e levrinhantes, como só o piano de Jonh Cage igualmente sempre me transmitiu. É verdadeiramente fantástico, acredite.
Mas lá está, fiquemos agora com o Neil e a magia que nos transmite à alma que nos leva um sorriso ao rosto. É, também, uma maravilha.
Tudo de bom para si, Josefa
Rudolfo Wolf
PS
Não sei se o filme estará disponível no formato dvd.
É verdadeiramente bom. Dá-nos apenas as imagens do concerto, tanto quanto sou capaz de me recordar, amplamente centrado no palco e no(s) músico(s), pois há momentos em que o Neil aparece só e tão só com guitarra acústica e a harmónica. Com uma estéctica de luz singularíssima, uma espécie de baço de fumarada, dá também o trabalho dos roadies que ali aparacem no amomimato de monges saídos de um filme de George Luckas. Vale francamente a pena e o concerto é simplesmente espectacular, com tudo no ponto certo. Estou certo que lhe agradaria.
O melhor para si,
Rudolfo Wolf
.
Rudolfo,
Fiquei completamente esmagada com os seus conhecimentos nesta área; eu que me limito a fruir da música sem preocupações com datas e eventos históricos, fiquei mais rica com os dados que forneceu e que muito agradeço.
Ainda sobre Simon & Garfunkel, deparei recentemente com um vídeo em que a canção The Sound of Silence é cantada por um grupo de "canto gregoriano", isto porque se referiu ao impacto que as suas músicas hão-de ter no futuro e a comparação que faz com o júbilo com que ouve alguns cânticos religiosos medievais.
Como tenho também o álbum "Bridge over troubled water", lá está a canção The only living boy in New York, uma maravilha!
Muito obrigada e tudo de bom para si.
Não cheguemos a tanto, Josefa, os meus conhecimentos são banais e meramente regulares para quem ouve música desde que tem memória e, sendo o mais novinho de uma ampla fratria, desde sempre contactou com este universo musical de expressão anglo-saxónica. Depois, o que sei nem é assim tanto e isto sem a tal falsa modéstia que sempre raia a vaidade. Limito-me ao registo de pequenas notas e há ainda o interesse pessoal que derivou destas matérias e que as extravasa, em todo o caso, responsável pela maior atenção que possa ter dado a algumas das referências de que falámos.
Não conheço a versão que indica a respeito do "Sound Of Silence" -"Hello darkness my old friend, I come to talk to you again..." Não é isto um mergulho no mais profundo da alma?- mas não me admira mesmo nada que assim seja e não é só pelo que a letra nos convida a reflectir que, só por si, abre a porta à concepção desse enquadramento. Acontece que eles cantam um tema mesmo no padrão do cântico religioso; infelizmente não me recordo o nome do mesmo e o álbum em que possa estar incerto. Além desse, têm aqueles sons que navegam um tanto pelo folclore das ilhas britânicas, em "Scarborough Fair" -espero não estar a escrever mal. Ora foi por isso que dei aquele termo de comparação com os cânticos religiosos medievais que não têm que ser necessairamente apenas de tradição cristã.
Por acaso desconheço pormenores biográficos -lá está, o conhecimento a respeito destes criadores é mesmo superficial- e não sei se tanto um como o outro são cristãos e o sendo se tiveram educação religiosa, a esse nível, com a inerente frequência dos respectivos centros de culto, mas desde sempre achei que as baladas maravilhosas que compunham e cantavam tinham um dado cunho de cântico religioso e que eles tinham precisamente saído para a música a partir dos meninos que cantam e tocam nos coros dessas igrejas -isto no pressusposto de a sua cristandade ser católica romana, claro, coisa que, repito-o, de facto, não sei.
Daí também o não me admirar que alguém se tenha lembrado de interpretar o "Sound of Silence" no género de um cântico gregoriano. Em qualquer dos casos estamos perante sublimes manifestações da espiritualidade que sempre é para que nos remetem a maioria das letras de Paul Simon, mesmo aquelas em que fala dos pobres rapazes que buscam conforto na marginalidade que se vende pelos becos esconsos da septuagésima avenida.
Mas permita-me que lhe peça um favor.
Se está disponível no youtube, indique-me a morada onde poderei escutar essa versão gregoriana. Desde já lhe agradeço a gentilza.
Não a empato mais.
Um resto de um bom dia, muita paz e saúde para si, Josefa
Rudolfo Wolf
.
Rudolfo,
Acabei de lhe enviar por mail a ligação para uma dessas versões, porque me foi mais cómodo a partir de lá e porque também basta um clique para a aceder.
Muito obrigada e tudo de bom.
Bem haja, Josefa
Rudolfo Wolf
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