segunda-feira, 15 de março de 2010

O Povo Violeta

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No passado Sábado, dia 13, os italianos vieram para a rua, mais concretamente para a Praça do Povo no centro de Roma, por se lhes ter acabado a paciência com os tiques do Primeiro-Ministro Sílvio Berlusconi, quer no que diz respeito às suas demonstrações constantes de falta de educação, que os envergonham, quer às suas tendências autoritárias e de pouco respeito pelas leis que não lhe convêm quando, recentemente, estas impediram o seu Partido de apresentar listas de candidatura fora do prazo estipulado.
Não há dúvida que os italianos parecem ter uma paciência infinita, mas também é verdade que já o elegeram várias vezes e que tem sido o único a permanecer no cargo por períodos superiores a três ou seis meses que é o tempo que costumam durar os governos italianos há décadas.
Desta demonstração do Povo Violeta, cor que escolheram por esta significar, segundo disseram, "a recuperação da consciência", espera-se não só que não percam de novo a consciência agora recuperada mas que a usem bem em próximos actos eleitorais. Mas talvez aí o problema seja de memória.

8 comentários:

Anónimo disse...

Olá Maria Josefa.:)
Estou a ver que além das mesmas razões, ou quase, que nós temos para barafustar, o fazem pacíficamente...
Nós nem isso, embora a nossa (?!) memória seja um poucochito melhor... mas só mesmo um niquinho! :)
Gostei imenso mas dou-lhe uma opinião minha, nós precisávamos de outra Maria da Fonte!... levar tudo de afesto, desde o Minho até Lisboa! :)) Mas ninguém concorda comigo, ninguém alinha... ninguém está para se chatear...
Já chega de tanta falta de vergonha neste País!
Um beijo para si, Maria Josefa. :)

Miguel Gomes Coelho disse...

E mais não é necessário dizer porque não é preciso...
Um abraço.

Ana Paula Sena disse...

Pois é, Josefa. Há coisas difíceis de entender, como é o caso deste Povo Violeta.

Sinceramente, parece-me inacreditável alguém como Berlusconi, num país minimamente civilizado.

Um abraço :)

P.S. - É óptimo, como sempre, (re)visitar o Restolhando, assim como o Direito e Avesso!

Maria Josefa Paias disse...

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Olá Fada Helena :)

Muito obrigada pelo seu comentário.

Eu creio que "chateados" andamos todos, exceptuando os poucos que não têm motivos para isso porque os tempos lhes vão de feição, mas o que muitos não desejam são esses "levantamentos populares" que nunca se sabe como acabam nem se conduzem a uma situação melhor. E, como por vezes se diz, para mal já basta assim.

Beijinho :)

Maria Josefa Paias disse...

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Muito obrigada, Miguel:)

Um abraço.

Maria Josefa Paias disse...

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Ana Paula,

Lá como cá escolhemos através do voto e depois queixamo-nos de ter escolhido mal, ou, então, de não haver alternativas que ofereçam um mínimo de credibilidade e de competência para gerir bem o país. Até parece que do que gostamos mesmo é de nos lamuriarmos :))

As suas visitas aos meus espaços, simples e despojados como a autora, são sempre um prazer:))

Um beijinho.

Anónimo disse...

Josefa!
A indignação com nossos governantes é como o aquecimento global! O povo reclama, sofre, esperneia e morre... porem, ano que vem a mesma poluição acontece!
Como sou otimista creio que pior seria se até a indignação morresse!

Maria Josefa Paias disse...

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Olá Amílcar,

Muito obrigada pelo seu comentário.
Como vê, do direito à indignação é que não prescindimos, pelo que esta não corre o risco de morrer:))

O que gostaríamos mesmo é que "morressem" as razões para nos indignarmos e para barafustarmos. Mas tal continua no domínio da utopia, de um patamar a atingir.

Um abraço e bom fim-de-semana.