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Se a Constituição Portuguesa diz que qualquer cidadão português, maior de 35 anos sem cadastro criminal, pode concorrer às eleições presidenciais e ser eleito, e sendo esta uma eleição pessoal e não estando a maioria dos portugueses filiada em partidos políticos, o que é que "essa experiência política" fornece que seja um bem superior ao carácter, honestidade, à dedicação aos outros, à cidadania activa de qualquer pessoa que deseje candidatar-se?
Nas fotos, da direita para a esquerda: Fernando Nobre e Alfredo Barroso.
12 comentários:
Cara Josefa
Irão aparece as mais estranhas considerações para motivar que não se vote em Fernando Nobre.
A candidatura é mais genuína que a de qualquer político. Por isso, os ataques virão dos lados e formas mais estranhos.
A mim não me demovem!
Beijos
Maria Josefa,
Pode sim senhor e eu votava em si se estivesse em confronto com o Fernando Nobre...
Pelo muito que já escrevemos, nos escrevemos, eu sei o que pensa. É a diferença para o Fernando Nobre, não se sabe efectivamente o que ele pensa. Sabe-se que não é republicano e isso é um factor de exclusão logo à partida.
Um abraço.
Benjamina,
Fernando Nobre tem décadas de experiência de sofrimento humano originado por catástrofes naturais, por guerras e pela pobreza um pouco por todo o mundo, vejamos se tem estofo também para aguentar todas as rasteiras e "cascas de banana" que lhe coloquem neste caminho.
Beijinho.
Miguel,
Claro que não votava em mim, pois a razão que me excluiria da sua escolha logo à partida é eu também não ser uma "política profissional" e o Miguel já se pronunciou sobre este assunto dizendo que "o que necessitamos é de profissionais da política" para estas funções.
Por outro lado, eu não excluo nenhum português, republicano ou monárquico, do mesmo modo que não me interessa a religião que cada um professe ou não, ou a orientação sexual de cada qual, porque o que me interessa é a essência das pessoas e não alguns atributos.
Agradeço, no entanto, a sua gentileza.
Um abraço.
Olá Josefa,
Muito infeliz o que disse Alfredo Barroso!...
Inicialmente a candidatura de Fernando Nobre surpreendeu-me, porque tenho por ele grande admiração e, sempre tive a ideia que pessoas que valem por si próprias, nunca se metem na política, mas depois reconsiderando fiquei entusiasmada porque de «profissionais» de política estou cheia e considero que ele pode fazer uma grande diferença e ter o apoio de tantos descontentes, que desejam que algo de novo apareça, para acreditar que uma evolução é possível neste «charco» em que temos vivido nos últimos tempos.
Beijo,
Manuela
Não há nada como realmente, é o que se pode dizer do comentário que o Sr. Alfredo Barroso fez sobre este candidato. Lá vem a cassete que tanto criticam nos outros; populista porquê, em quê? Por acaso defender uma atitude ética na política é populismo? Falar de um imperativo moral é populismo? Se ainda se dissesse uma evidência para o lançamento de uma candidatura presidencial, mas populismo? Porquê? E por acaso falar em justiça social é populismo? Enfim...
Já quanto ao que o candidato pensa teremos que o ouvir e aí temos que tomar por boa a observação que o Sr. Miguel Coelho fez no seu comentário. Esperemos pois para ouvir as suas ideias, sobretudo no que diz respeito a questão fundamental de se perceber como o Presidente da República, enquanto primeira figura do Estado e com os poderes que tem à sua disposição, pode desenvolver um mandato que não só conflua para resgatar a nossa sociedade a esta lógica que a tem atrofiado nos últimos anos, como ainda possa criar um espaço de debate e entendimento para que se identifiquem os grandes propósitos dos próximos anos e os grandes estratégicos nacionais neste mundo que se vai transformando sob os nossos narizes.
Quanto à disputa que já se começa a querer lançar entre esta e a candidatura de Manuel Alegre, pelo menos para já, não faz qualquer sentido ir por aí. Ambas as candidaturas são importantes para chamarem o eleitorado a pensar nos problemas que nos afligem e que podem vir a estar no centro das preocupações da campanha. Se no futuro vierem a competir pela mesma fatia de eleitores, então competirá a cada uma das partes saber negociar com a outra e encontrarem uma solução de acordo com os interesses do país e não dos egos de cada um. Quanto a isso, parece-me que os apoiantes de ambas as partes têm um longo -mas sereno- trabalho de debate a fazer. Disso só poderá sair fortalecida a atitude e a cultura democrática. Se o conseguirem, estaremos desde logo a começar com uma vitória.
Devo pois agradecer esta oportunidade à Maria Josefa, a quem desejo um noite em paz e uma semana de trabalho em igual tom, com muita saúde e alegria
Rudolfo Wolf
Manuela, muito obrigada pelo seu comentário.
Se, de facto, quando as pessoas se queixam de que a dita "sociedade civil" não participa mais, quando aparece alguém da mesma logo é recebido com pré-conceitos ainda antes de ele abrir a boca. E nuns comentários dizem uma coisa e noutros o seu contrário, pelo que nem os tenho em consideração porque não têm ideias próprias. Andam ao sabor do que lêem noutros blogues ou nos jornais.
Beijinho e boa semana.
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Rudolfo,
Muito obrigada pela sua análise inteligente e lúcida sobre este assunto, a que não vejo que possa acrescentar mais nada de pertinente.
Boa semana e um abraço.
Gostaria de lhe dar os meus sinceros Parabéns pela lucidez com que escreveu esse post, bem como pelas suas respostas aos comentários, Maria Josefa! :))
Quanto ao T. Mike gostaria de lhe fazer daqui uma pergunta directamente:
Se sabe realmente o que o seu candidato escolhido pensa, porque andava a fazer posts e comentários no "A Nossa Candeia" sobre a sua "posição" política?!
E se tem já a resposta, será ela verdadeira???
Maria Josefa,
Peço-lhe licença para responder à Fada.
Fada Amiga,
Eu ainda não tenho candidato.
Mas já sei em quais eu nunca votarei. Até poderei vir a não ter e procederei de acordo.
Coisa diferente é analisar as declarações políticas de um candidato, o que fiz e continuarei a fazer em qualquer blog e fundamentalmente no meu. Leia bem o que eu já lá escrevi sobre os candidatos que apareceram até agora e chegará à conclusão que eu não decidi o meu voto.Só saberá quem eu não quero.
Também um abraço.
Também não votarei no Fernando Nobre, pelo menos em primeira escolha. A razão de não o preferir é a indicada por Alfredo Barroso: -«Não tem currículo político.»
Prefiro um presidente em que à partida confie de como saberá exercer politicamente os seus poderes, designadamente o de vetar leis e dissolver a assembleia dos deputados.
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vbm (Vasco),
Muito obrigada pelo seu comentário e pela manifestação da sua posição.
Abraço.
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