É esta pergunta que me tenho feito, e enquanto a reflexão vai e vem, a caneta não escreve (eu sou uma pessoa de rascunhos). Já o Direito e Avesso tem andado num frenesi delicioso, o que também pode ter contribuído para me alhear das minudências do quotidiano, tanto do país como da União Europeia, que mais parecem o mar da tranquilidade. Num, enquanto se espera pelo debate do Orçamento do Estado, na outra, enquanto se conferencia até à exaustão para escolher a personalidade que irá ocupar o cargo que poderemos designar como "Ministro das Relações Exteriores da União Europeia", isto, se pertencer à "família política" certa, porque aqui não interessa tanto o perfil ou a competência da pessoa, mas a área ideológica, o que, para uma independente, não faz sentido nenhum. E tudo isto só será possível se o Presidente da República Checa assinar o Tratado de Lisboa, o que só fará quando também lhe forem concedidas cláusulas de exclusão em determinados temas à semelhança do Reino Unido e da Polónia.
Quanto à preparação para a Conferência de Copenhaga sobre as alterações climáticas, lá chegaram a acordo quanto ao valor que a União Europeia deverá disponibilizar para ajudar os países mais pobres a atingir as metas necessárias para combater as alterações climáticas, e que é de 20.000 milhões de euros para o período de 2013 a 2020 (100.000 milhões a nível global), tendo como único critério de comparticipação a riqueza per capita de cada país da União, e que não poderia ser de outro modo, pois, como em tudo, cada um dá consoante as suas possibilidades.
(imagem: quadro de Picasso)